Laserterapia é nova arma para acabar com herpes bucal
Técnica com efeito terapêutico e capacidade de reparação tecidual promete prevenir e tratar disfunções de forma mais rápida e indolor
A laserterapia é cada dia mais usada na odontologia, porque garante resultados eficientes e indolores ao paciente. Essa luz não ionizante, que promove efeitos anti-inflamatório, analgésico e de reparação, já é encarada como uma solução para quem sofre com herpes, inflamação na mucosa da boca e cárie.
O laser pode ser de alta potência (mais conhecido como laser cirúrgico) ou de baixa, que oferece propriedades mais terapêuticas. “Pode ser usado isoladamente ou como coadjuvante em outros tratamentos”, diz Luana Campos, cirurgiã-dentista especializada em laserterapia da clínica Interclin.
Como benefício adicional, a técnica não apresenta contraindicação. “Porém alguns cuidados são necessários, como o uso obrigatório dos óculos de proteção durante os atendimentos”, diz a especialista.
Fim do herpes
A laserterapia pode ajudar tanto no tratamento quanto na prevenção do problema. “As ondas têm o poder de reduzir o período de manifestação da doença, aliviar a dor e aumentar o intervalo em que o vírus do herpes volta a afetar a pessoa infectada”, diz Luana. “Também pode ser utilizado no tratamento de aftas”, afirma.
Esse tipo de tratamento ainda oferece a vantagem de não causar resistência viral e ser bem tolerada pelos tecidos bucais. Ou seja, a repetição da aplicação não oferece riscos ao paciente.
Confira outros benefícios do laser:
Remoção de cárie: As lesões cariosas podem ser removidas com os lasers de alta potência, com mínima destruição dental e sem o desconforto provocado pela técnica convencional.
Hipersensibilidade dental: Após a correta identificação da causa, os benefícios do laser vão desde o controle de uma possível inflamação gengival até analgesia local.
Cirurgia em tecidos mole: Os lasers de alta potência são utilizados em diversos tipos de cirurgia em tecidos moles da boca, como língua, lábios e freio labial. Proporciona menor sangramento, desinfecção local e cicatrização acelerada.
Remoção de pigmentação melânica gengival: Trata-se de uma alteração de cor (mancha escurecida) encontrada com maior prevalência em pessoas negras. Os lasers podem ser utilizados para a remoção dessas manchas gengivais de maneira menos agressiva.
Mucosite oral: Pacientes que são submetidos à quimioterapia ou radioterapia na região de cabeça e pescoço podem desenvolver grandes úlceras espalhadas por toda a cavidade oral, que causam dor e diminuição na qualidade de vida. Nesses casos o tratamento com laser, além de promover o alívio do desconforto, acelera o processo de cicatrização das lesões, o que diminui o risco do desenvolvimento de infecções oportunistas.
Diminuição do fluxo salivar e boca seca: A falta de saliva na boca compromete as funções orais normais (fala, mastigação e deglutição) e aumenta o risco de infecções e perda dos dentes. O tratamento convencional inclui o uso de medicações estimulantes do fluxo salivar, porém, por apresentarem diversos efeitos colaterais, não podem ser prescritas para todos os pacientes. Já o uso do laser traz resultados satisfatórios sem nenhum efeito colateral.