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Saiba como prevenir e combater bactérias resistentes da boca

2 jun 2014 - 08h01
(atualizado às 09h40)
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As bactérias bucais podem ser um problema quando conseguem acesso à corrente sanguínea, o que pode acontecer em pessoas com gengivite
As bactérias bucais podem ser um problema quando conseguem acesso à corrente sanguínea, o que pode acontecer em pessoas com gengivite
Foto: Shutterstock

As bactérias “super resistentes” se tornaram um problema mundial nos últimos tempos. E a boca, composta por uma grande diversidade de microorganismos, se não higienizada sempre e da maneira correta, pode ser a porta de entrada de uma infinidade de doenças graves e difíceis de tratar. 

“Algumas bactérias presentes na boca trazem até benefícios e são importantes para a manutenção da saúde, pois inibem a colonização por microorganismos com potencial de causar doenças”, diz Renata Mattos Granner, dentista e professora doutora da área de microbiologia e imunologia da Unicamp.

O problema é que algumas bactérias bucais podem apresentar resistência a antibióticos usados para tratar doenças do corpo e se multiplicam na boca quando a pessoa está tomando esse tipo de droga. Ou seja, o antibiótico acaba servindo de fortificante para aqueles organismos que não morreram.  Eles resistem, crescem e voltam com tudo. 

Uma vez renovados e mais fortes, esses microrganismos podem ser um perigo para todo o corpo humano. “As bactérias bucais podem representar um problema quando conseguem acesso à corrente sanguínea, o que pode acontecer em pessoas com gengivite ou outras infecções bucais não tratadas. Nestes casos, esses organismos podem agravar ou iniciar infecções sistêmicas”, alerta Renata. 

Em infecções simples, o organismo trata de combater as bactérias que insistem em viver. Porém, quando o paciente está bastante debilitado e a infecção é mais grave, os microrganismos resistentes ganham força e se multiplicam chegando a deixar 16,7 milhões de herdeiros em 24 horas.  

Prevenção e combate

Uma forma de prevenir o surgimento das super bactérias é acabar com o uso indiscriminado ou incorreto dos antibióticos. “Estas drogas devem ser indicadas de forma muito criteriosa e rigorosa. Infecções sistêmicas por microrganismos resistentes a diversos tipos de antibióticos têm sido cada vez mais comuns e podem representar um risco de vida”, diz a especialista.  

Também é recomendado dar atenção especial para os cuidados bucais básicos, como escovar os dentes da maneira correta e freqüente, usar fio dental, além de visitar o dentista a cada seis meses. “Cuidados com a saúde bucal são fundamentais não somente para prevenir problemas bucais, mas também problemas sistêmicos”, diz Renata. 

Quanto ao combate desses novos e resistentes microrganismos, pesquisadores já estão estudando e produzindo novos antibióticos. Mas esse processo de criação de um novo medicamento é muito caro e pode durar até dez anos.

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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