Troque a mamadeira de leite pelo copinho sem trauma
Uma das transições mais complicadas da vida do bebê é a da mamadeira de leite pelo copo. Segundo especialistas, a fase para começar essa mudança é perto de a criança completar um ano.
Para o odontopediatra, Marcelo Ávila Munhoz, o importante é ser persistente nessa fase. “É normal que a criança apresente rejeição nas primeiras tentativas. O bico da mamadeira lembra o seio da mãe e isso deixa a criança em uma zona de conforto. Mas com um ano ela já tem capacidade psicomotora para começar a beber líquidos em copinhos”.
Uma dica legal é começar essa introdução com líquidos como água, chás ou sucos, assim a criança já vai se familiarizando com o novo instrumento. Para a troca não ser chocante, é recomendado utilizar copinhos de treinamento com tampa – são aqueles com bicos e duas alças (existem vários modelos). O bom desses copos é que mesmo que a criança o vire de cabeça para baixo, o líquido não derrama.
Outro bom truque é fazer questão de mostrar para o filho que todos na casa utilizam copos para beber qualquer tipo de líquido. A partir de uma idade, é normal que as crianças queiram imitar seus pais.
O drama da noite
Porém, a mamadeira de leite, principalmente a da noite, costuma ser a mais difícil de tirar. Algumas crianças só dormem depois do famoso “tetê” na cama. Para isso, Marcelo dá uma dica. “Antes de deitar dê o leite para ela no copinho. Depois, na hora de dormir, faça uma mamadeira com água e dê para a criança. O bebê vai estar sonolento e de barriga cheia, por isso costuma funcionar”, diz o especialista.
É importante lembrar de limpar a boquinha da criança com gaze para que o leite não fique acumulado a noite toda na boca, sendo esse motivo umas das principais causas de cárie infantil.
A eliminação da mamadeira é fundamental, pois o seu uso prolongado pode causar uma série de problemas. “A mamadeira pode causar cáries dentarias, problemas no desenvolvimento da arcada dentária, no palato e na mandíbula além de dificuldades em aceitar alimentos sólidos, podendo gerar problemas nutricionais mais para frente”, diz Marcelo.
Mas o especialista garante, é preciso ter paciência. “Existem crianças que aceitam a troca numa boa, outras não. Costumo brincar que essa batalha os pais têm que ganhar pela insistência e pelo cansaço”.