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Tempo seco favorece mau hálito e doenças orais: veja como evitar

Tempo seco pode levar à diminuição do fluxo salivar e ao ressecamento da mucosa da boca

23 set 2024 - 06h01
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Resumo
Baixa umidade do ar afeta saúde oral, diminuindo produção de saliva e aumentando riscos de cáries e mau hálito.
Foto: Freepik

Nos últimos dias, o tempo seco tem afetado todo o território brasileiro, sem previsão de melhora, o que pode ter impacto importante na saúde. E apesar do sistema respiratório ser muito lembrado nesses momentos, poucos sabem que a boca e a saúde oral também são afetadas pela baixa umidade do ar. 

“O tempo seco, por si só, diminui a produção de saliva. Além disso, devido às doenças respiratórias comuns nesse clima, muitas pessoas acabam respirando pela boca, o que piora ainda mais o ressecamento da mucosa oral. E como a saliva tem uma função de proteção, a cavidade oral fica mais suscetível a sofrer com problemas como cáries e doenças periodontais”, afirma o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy, doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e consultor científico da Curaden Swiss. 

“Esse ressecamento ainda pode levar à descamação da mucosa oral, com consequente aumento na formação da saburra lingual, que é a principal responsável pelo odor desagradável característico do mau hálito.”

Então, nesse momento, o primeiro passo para evitar o mau hálito e outros problemas de saúde oral é combater a causa do ressecamento das mucosas orais: a baixa umidade do ar. “Para lidar com o tempo seco, certifique-se de ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia para garantir a boa qualidade e a quantidade suficiente de saliva, evitando assim a formação de saburra lingual”, aconselha Hugo Lewgoy.

Ele acrescenta que o uso de umidificadores de ar no ambiente também é extremamente benéfico para a saúde oral durante essa época de clima seco. Mas existem outras dicas específicas para saúde oral que também podem ajudar com esses problemas favorecidos pela baixa umidade do ar:

Utilize um creme dental adequado

Grande parte dos cremes dentais disponíveis atualmente no mercado contam com Lauril Sulfato de Sódio (LSS) em sua composição, um tipo de detergente que é incorporado na fórmula para facilitar a limpeza, formar espuma e conferir sensação de frescor. No entanto, a substância piora ainda mais o ressecamento da mucosa oral. 

“Além disso, o LSS ainda pode favorecer o surgimento de aftas, piorar a descamação da mucosa e, consequentemente, o mau hálito”, alerta o especialista. Então, para evitar essas consequências, é importante optar pela utilização de cremes dentais livres de LSS e com baixa abrasividade, como os cremes dentais Be You ou Enzycal. “Além de serem livres de LSS, contém enzimas que também promovem o estímulo da função protetora da saliva, o que evita a sensação de boca seca e oferecendo mais proteção contra a placa bacteriana e doenças orais”, diz o Dr. Hugo. Na dúvida, preste atenção no rótulo: o Lauril Sulfato de Sódio pode aparecer na composição com o nome em inglês, Sodium Laryl Sulphate (SLS).

Realize a higiene da língua com produtos específicos

Para remoção da saburra lingual formada com maior facilidade no clima seco, é importante utilizar instrumentos específicos, como o sistema Tung, da EHM, composto pela escova Tung Brush e pelo gel Tung. 

“A escova tem cerdas um pouco mais firmes que as das escovas dentais convencionais, sendo assim é mais eficaz em penetrar nas fissuras e irregularidades da língua para desalojar a saburra lingual, além de um perfil mais baixo para reduzir a sensação de náusea que algumas pessoas sentem ao higienizar a língua. Já o gel conta com cloreto de zinco em sua fórmula, o que facilita a remoção desta saburra e neutraliza os gases que provocam odor desagradável”, detalha o cirurgião-dentista.

Invista em um enxaguatório oral em pastilhas

De acordo com o especialista, manter na bolsa algo para mastigar, como um enxaguatório oral em pastilhas, pode ser interessante para combater a boca seca. “A mastigação e o sabor dessas pastilhas estimulam o fluxo salivar, o que ajuda a combater o ressecamento da mucosa oral”, destaca o cirurgião-dentista. 

Uma boa opção é o enxaguatório oral em pastilhas Black is White, da Curaprox, que tem sabor de limão e menta para conferir frescor ao hálito ao mesmo tempo em que auxilia na proteção contra cáries e na manutenção do clareamento profissional realizado pelos cirurgiões-dentistas. 

“As pastilhas contam com xilitol, que, ao contrário do açúcar, não serve como alimento para as bactérias causadoras da cárie. Na verdade, o ingrediente até ajuda na prevenção do problema. Além disso, o produto também conta com glucose oxidase, enzima que potencializa o efeito protetor da saliva”, pontua Hugo Lewgoy.

Ele explica que basta mastigar uma unidade da pastilha sempre que houver necessidade, descartando-a após perder o sabor. “Mas, lembre-se que nada substitui a higiene oral adequada com escova dental e escova interdental.”

Por fim, vale ressaltar que pessoas que sofrem com boca seca de maneira recorrente e prolongada, mesmo quando o clima está relativamente úmido, devem redobrar a atenção com os cuidados nesse período e buscar um cirurgião-dentista, pois pode se tratar de um quadro conhecido como xerostomia.

 “Caracterizada por uma diminuição do fluxo de saliva, a xerostomia pode ser causada por doenças como diabetes e síndrome de Sjögren, além de fatores como desidratação, tabagismo, uso de certos medicamentos, consumo excessivo de álcool e respiração inadequada. O tratamento pode variar de acordo com a causa, sendo indispensável então passar por uma consulta com o cirurgião-dentista para receber o diagnóstico correto e recomendações específicas para o seu quadro”, finaliza Hugo Lewgoy.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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