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Saúde monitora síndrome inflamatória decorrente da covid-19

Febre, dores no corpo e manchas na pele estão entre os sintomas da doença

7 ago 2020 - 20h41
(atualizado às 20h56)
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O sistema de teleorientação do CoronaBR indica quando o usuário precisa sair de casa para procurar um posto de atendimento
O sistema de teleorientação do CoronaBR indica quando o usuário precisa sair de casa para procurar um posto de atendimento
Foto: Reuters

O Ministério da Saúde está monitorando o aumento do número de casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica, doença que tem sintomas como febre, dores no corpo e manchas na pele. A infecção ocorre predominantemente em crianças e adolescentes. De acordo com a pasta, foram 71 mortes até julho, sendo 29 no Estado do Ceará, 22 no Rio de Janeiro, 18 no Pará, 3 no Rio de Janeiro e 2 no Piauí.

A pasta também informou que a maioria das pessoas que contraiu a síndrome também foi infectada pelo coronavírus. "Cabe ressaltar que estas ocorrências foram raras até o momento, frente ao grande número de casos com boa evolução da doença entre crianças e adolescentes", informou o Ministério da Saúde em nota.

Em maio, a Organização Mundial da Saúde emitiu alerta em que alegava que a síndrome poderia ser associada à covid-19. Entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) também chamaram a atenção para a doença.

Os especialistas não sabem por que a síndrome só ocorre em crianças, nem por que acomete algumas e poupa outras. Um grande estudo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA está no início e vai acompanhar 6 mil crianças para tentar chegar a algumas respostas. Os relatos indicam a apresentação de um quadro muito parecido com o da raríssima Síndrome de Kawasaki, uma inflamação sistêmica de causa desconhecida, mais comum na Ásia.

"A síndrome não ocorre na fase aguda da covid-19. Em geral, aparece depois e pode ocorrer mesmo em crianças que apresentaram um quadro brando da doença", explicou ao Estadão na semana passada a pediatra Tania Petraglia, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj).

A principal complicação da síndrome é a ocorrência de aneurismas na artéria coronária. Se não for tratada adequadamente, a doença pode levar à morte.

Estadão
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