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SBI pede fim do tratamento com cloroquina

A entidade diz que a substância não é eficaz nem na prevenção nem na cura da doença

17 jul 2020 - 18h41
(atualizado às 19h09)
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A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou nota nesta sexta-feira, 17, afirmando que dois estudos internacionais comprovaram que não há nenhum benefício clínico da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. No texto, a entidade diz que a substância não é eficaz nem na prevenção nem na cura da doença. O presidente Jair Bolsonaro, que afirmou ter diagnóstico do novo coronavírus na semana passada, disse estar tomando o remédio e defende o uso para pacientes com sintomas leves.

Diagnosticado com a covid-19, presidente Jair Bolsonaro mostrou o medicamento durante uma live e recomendou o uso da cloroquina
Diagnosticado com a covid-19, presidente Jair Bolsonaro mostrou o medicamento durante uma live e recomendou o uso da cloroquina
Foto: REPRODUCAO /YOUTUBE/JAIR BOLSONARO / Estadão Conteúdo

De acordo com a SBI, um dos estudos avaliou pacientes em 40 Estados americanos e três províncias do Canadá. O grupo que recebeu hidroxicloroquina em comparação aos pacientes que receberam placebo não teve redução nos sintomas. Mais da metade deles recebeu a substância um dia depois de sentir mal-estar. Cerca de 43% tiveram efeitos colaterais como dores abdominais, diarreia e vômitos.

Outro estudo, na Espanha, não detectou nenhum avanço clínico ou virológico entre aqueles que tomaram hidroxicloroquina e receberam placebo. "Com essas evidências científicas, a SBI acompanha a orientação que está sendo dada por todas as sociedades médicas científicas dos países desenvolvidos e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a hidroxicloroquina deve ser abandonada em qualquer fase do tratamento da covid-19", afirma o texto da SBI.

A entidade também pede que a cloroquina deixe de ser usada como tratamento da covid-19, que os órgãos públicos reavaliem orientações de uso de medicamentos comprovadamente sem efeito e que os recursos públicos sejam usados em anestésicos, bloqueadores neuromusculares e aparelhos para o tratamento da doença, em falta na rede pública.

Estadão
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