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Secretaria confirma morte de 67 macacos por febre amarela

11 jan 2018 - 16h27
(atualizado às 16h30)
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Fila para vacinação contra febre amarela na Unidade Básica de Saúde - UBS/AMA Jardim Peri, na região norte da cidade de São Paulo
Fila para vacinação contra febre amarela na Unidade Básica de Saúde - UBS/AMA Jardim Peri, na região norte da cidade de São Paulo
Foto: Agência Brasil

Os macacos da espécie Alouatta guariba clamitans, conhecidos como bugios, não têm sido mais vistos entre as árvores do Horto Florestal, um dos parques urbanos mais visitados na zona norte da cidade de São Paulo, no pé da Serra da Cantareira, um dos remanescentes de Mata Atlântica na cidade.

Desde outubro do ano passado, quando a morte de um desses animais alertou os agentes de saúde sobre a circulação do vírus da febre amarela naquela região, já foram notificadas a morte de 67 de um total estimado de 86 integrantes de 17 grupos da espécie no entorno do parque.

Esse levantamento foi confirmado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA). No entanto, "não é possível informar se todos os óbitos foram ocasionados por febre amarela, uma vez que não foi possível coletar amostras dos que estavam em avançado estado de decomposição", diz o comunicado da secretaria.

A nota acrescenta que só foi possível fazer a coleta de 75% de material para exames, em um trabalho conjunto de técnicos do Instituto Florestal, da Fundação Florestal e do Departamento de Fauna da Secretaria do Meio Ambiente.

"O bugio é a espécie de primata não humano mais sensível à FA [febre amarela], por isso é considerado pelos órgãos de saúde como o sentinela para a doença", observou a secretaria. O órgão informou ainda da existência de outras espécies no Horto, o Sapajus sp - macaco prego; o Saguis Callitrix sp - saguis e o Calicebus nigrifons-sauá.

Campanha

Um bugio encontrado morto em 9 de outubro de 2017 no Parque do Horto Florestal deu o alerta sobre a presença do vírus na região. Exames feitos no Instituto Adolfo Lutz confirmaram a doença e, por medida de cautela, o local foi fechado à visitação pública, em 21 de outubro, seguindo-se à intensa campanha de vacinação dirigida aos moradores das proximidades.

Os portões do local foram reabertos na quarta-feira (10), mas com a recomendação de que seja utilizado apenas pela população vacinada contra a doença. No caso daqueles que não puderam ser imunizados, a Secretaria Estadual de Saúde adverte sobre a necessidade de uso de repelentes.

Dados da Secretaria Estadual da Saúde indicam que entre 29 casos de pessoas infectadas desde janeiro de 2017, 13 morreram, levando as autoridades de saúde a reforçar a campanha nesse ano. O último balanço, divulgado quarta-feira (10) durante a reabertura do parque, mostra que cerca de 7 milhões de paulistas foram imunizados em 2017.

Entre os dias 3 e 24 de fevereiro, a campanha será desenvolvida em 53 cidades paulistas, priorizando as áreas consideradas como corredores ecológicos.

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Agência Brasil Agência Brasil
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