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Sem efeito rebote: como emagrecer e não engordar novamente

As dietas restritivas são as principais causas de recaída quando assunto é ganho de peso

13 set 2024 - 13h47
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Os brasileiros foram os que mais engordaram durante a pandemia. De acordo com uma pesquisa feita pela Ipsos Global Advisor, aproximadamente metade da população do país ganhou em média 6,5 kg nos últimos dois anos. Os quilinhos a mais motivam as pessoas a procurarem diferentes maneiras de perder peso, principalmente aquelas que prometem emagrecimento rápido, como as dietas restritivas. O resultado é o temido efeito rebote.

Como fugir do efeito rebote e emagrecer definitivamente / Foto: Shutterstock
Como fugir do efeito rebote e emagrecer definitivamente / Foto: Shutterstock
Foto: Saúde em Dia

A grande parte desses programas "milagrosos" faz recomendações inadequadas, sem qualquer respaldo médico. O risco, segundo a nutróloga e especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira, se dá quando são adotados diferentes protocolos para perda de peso, sem um acompanhamento profissional adequado e personalizado.

O perigo das dietas restritivas

"A maioria das pessoas acredita que o déficit calórico é o fator responsável pelo emagrecimento, ou seja, para perder peso o consumo de energia deve ser menor do que a energia gasta no dia. Portanto, se comer menos, perderá medidas mais facilmente. Porém, a qualidade dos alimentos ingeridos é o elemento-chave, além de um estilo de vida mais saudável, de modo geral", esclarece a especialista.

A nutróloga afirma que não existe um número exato de calorias que devem ser consumidas ao longo do dia. Isso porque essa quantidade varia de acordo com a necessidade do corpo de cada indivíduo e do tipo de atividade que desempenha. 

Além disso, adotar uma alimentação baseada apenas em um baixo consumo calórico e com restrições rigorosas, que excluem grupos alimentares do cardápio, pode ser um método difícil de ser sustentado a longo prazo.

"Quando o nosso organismo percebe os períodos de escassez de alimentos ele passa a preservar os estoques de gordura, que são essenciais para disposição e energia e isso pode ser perigoso, especialmente por conta do chamado efeito rebote, quando há um ganho de peso considerável logo após o período de restrição alimentar", explica a médica.

Conforme Esthela, isso ocorre porque essas dietas rigorosas costumam ser feitas por tempo determinado, e são abandonadas quando o peso desejado é alcançado. Isso pode resultar em alterações metabólicas, deixando o organismo mais lento devido à falta de nutrientes. Assim, quando a pessoa volta a sua alimentação de costume, tende a cometer mais excessos e ganhar peso novamente.

Como fugir do efeito rebote

A maneira mais eficaz de evitar o famoso efeito sanfona, segundo a especialista, é passar por uma reeducação alimentar. "Essa reparação na rotina alimentar deve ocorrer a partir de uma mudança completa de hábitos. Afinal, quando tomamos consciência daquilo que está sendo consumido e do nosso real estado de saúde, passamos a fazer escolhas mais saudáveis e priorizar a qualidade dos alimentos, melhorando não apenas a estética, mas adquirindo mais bem-estar e qualidade de vida", ressalta.

A nutróloga cita algumas medidas que, em conjunto, ajudam a evitar o efeito sanfona.

Não excluir grupos alimentares. "Excluir por completo alguns grupos alimentares pode ser uma medida muito drástica. Prefira sempre procurar pelo auxílio de um profissional, ele pode orientar sobre as quantidades ideais de cada grupo alimentar para cada organismo", aconselha Esthela.

Dietas com restrições rigorosas. "Dietas restritivas são insustentáveis a longo prazo, por isso o ideal é que ocorra uma mudança de hábitos que resultem em uma reeducação alimentar, tornando as escolhas e relação com a comida mais saudáveis", reforça.

Retomar os hábitos anteriores à perda peso. "É importante que as escolhas saudáveis e consciência daquilo consumido não sejam deixadas de lado após atingir o número desejado na balança. Retornar aos hábitos alimentares prévios à perda de peso resultam no retorno dos quilos a mais", alerta.

Por fim, Esthela enfatiza que é essencial que esse processo seja feito de forma gradual e sempre com o acompanhamento de um especialista. Isso porque é o profissional quem vai auxiliar quanto às escolhas alimentares ideais e tratamentos complementares para um emagrecimento saudável.

Saúde em Dia
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