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Sem vacina e com vírus em alta, cidades têm até toque de recolher no interior de SP

O Estado registrou até esta terça-feira, 19, 50.318 mortes e 1,6 milhão de casos de covid-19. Os números crescem principalmente no interior, onde a ocupação de leitos de UTI está próxima de 70%

20 jan 2021 - 10h10
(atualizado às 21h35)
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SOROCABA - Com alta no número de casos de covid-19 a expectativa de receber menos vacinas que o esperado, prefeituras estão retomando medidas mais drásticas de isolamento no interior de São Paulo. Em cinco cidades já vigora o toque de recolher. O Estado registrou até essa terça-feira, 19, 50.318 mortes e 1,6 milhão de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Os números crescem principalmente no interior, onde a ocupação de leitos de UTI está próxima de 70%. As vacinas estão sendo distribuídas pelo governo estadual, que reduziu as quotas municipais após destinar um grande aporte do insumo para o sistema nacional de imunização.

Refrigeradores à espera da vacina em Taubaté. Cidade adotou o toque de recolher devido ao aumento nos casos de covid-19
Refrigeradores à espera da vacina em Taubaté. Cidade adotou o toque de recolher devido ao aumento nos casos de covid-19
Foto: Prefeitura de Taubaté/Divulgação / Estadão

Em Taubaté, a prefeitura proibiu o deslocamento noturno a partir desta terça-feira, 19. Os moradores estão impedidos de circular pelas ruas entre as 23 horas e 5 da manhã sem motivo justificado. A cidade está na fase laranja do Plano São Paulo, mas um decreto municipal proibiu também a venda de bebidas alcoólicas entre as 22 horas e 6 da manhã, bem como o consumo em praças, ruas e espaços públicos a qualquer hora do dia. O descumprimento pode gerar multa de R$ 5 mil por infração.

A cidade, com 12,4 mil casos confirmados de coronavírus e 226 óbitos, atingiu 100% de ocupação de leitos para covid-19, mesmo tendo aberto mais 15 vagas para internação. A prefeitura esperava a chegada de 15 mil doses de vacina, mas a quantidade foi reduzida para 4,5 mil e os insumos ainda não foram entregues. O plano é imunizar primeiro 9 mil profissionais de saúde, com atendimento exclusivo em 30 salas de vacinação.

Moradores de Avaré estão proibidos desde o último fim de semana de sair às ruas entre 22 horas e 6 da manhã. Bares e lanchonetes funcionam por delivery, mas não podem vender bebidas alcoólicas depois das 20 horas. Todos os eventos públicos, inclusive feiras-livres, estão proibidos, assim como o aluguel de chácaras de veraneio - a cidade fica à margem da represa de Jurumirim.

A prefeitura de Piraju também decretou o fechamento do comércio, à exceção de alguns serviços de entrega, e toque de recolher após as 22 horas. O decreto municipal incluiu o fechamento das praças e a proibição do estacionamento em ruas e avenidas tradicionais que são pontos de aglomeração. O morador que descumprir está sujeito à multa de R$ 100, quantia que sobe para R$ 3 mil no caso de estabelecimento comercial.

Em Adamantina, o toque de recolher fica em vigor até o dia 1º de fevereiro. A medida foi tomada após o agravamento dos casos de coronavírus e a lotação dos hospitais na região. O confinamento domiciliar vigora das 22 horas às 5 da madrugada. Conforme o município, as pessoas que forem encontradas fora de casa serão abordadas e, caso não comprovem extrema necessidade ou urgência. Com quase 900 casos positivos e 19 mortes, a cidade está na fase vermelha do Plano São Paulo.

Em Cerqueira César, o decreto impede a circulação de pessoas em praças públicas nos dois últimos fins de semana de janeiro, entre 22 horas e 6 da manhã. O prefeito Diego Berti Cinto (MDB) disse que a medida leva em conta o aumento de casos da covid-19. "Há constatação de que o agravamento da situação epidemiológica se deu pelo não cumprimento, pela população, das medidas de contingenciamento já estipuladas em decretos anteriores", disse. A cidade de 20 mil habitantes chegou a 10 óbitos pela doença.

No ano passado, ao menos onze cidades paulistas adotaram o toque de recolher quando a pandemia acelerou. Em março, a medida entrou em vigor em Ibitinga, Boraceia e Itápolis. No mês seguinte, foi adotada em Ilha Solteira e Itapura. Entre maio e agosto, Capão Bonito, Palmital, Mendonça e Pacaembu determinaram o confinamento noturno. Já na retomada da pandemia, em dezembro, Registro e Andradina decretaram toque de recolher. Em outras cidades do interior, os prefeitos decidiram ir além do Plano São Paulo e já regrediram à fase vermelha, a de maior restrições.

São José dos Campos recebeu 11 mil doses de vacinas, quase a metade do que era esperado para iniciar a vacinação dos profissionais de saúde e moradores de asilos nesta quarta-feira, 20. Com o recuo para a fase mais restritiva, shopping centers, bares, restaurantes e academias estão fechados. Apenas os serviços essenciais funcionam. A cidade registrou sete óbitos nesta terça, somando 642 mortes, além de 33,4 mil casos positivos. A taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a 79,4%. A prefeitura de Cruzeiro, na mesma região, também decidiu seguir as regras da fase vermelha do Plano São Paulo, fechando o comércio não essencial.

No ano passado, ao menos onze cidades paulistas adotaram o toque de recolher quando a pandemia acelerou. Em março, a medida entrou em vigor em Ibitinga, Boracéia e Itápolis. No mês seguinte, foi adotada em Ilha Solteira e Itapura. Entre maio e agosto, Capão Bonito, Palmital, Mendonça e Pacaembu determinaram o confinamento noturno. Já na retomada da pandemia, em dezembro, Registro e Andradina decretaram toque de recolher.

A prefeitura de Botucatu, no interior paulista, publicou decreto nesta quarta-feira, 20, proibindo a permanência e circulação de pessoas em locais públicos, como ruas e praças, a partir das 22 horas e até as 6 do dia seguinte. A cidade está na fase laranja do Plano São Paulo, mas os bares e restaurantes só podem receber clientes até às 20 horas, devendo fechar as portas às 22h. Após esse horário, também vigora a lei seca, com a proibição da venda de bebidas alcoólicas. O decreto prevê punição aos infratores que, no caso do comércio, pode chegar a uma multa de até R$ 290 mil e cassação do alvará.

Estadão
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