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Senadora quer legalizar vape, muito mais nocivo do que cigarro

18 nov 2024 - 06h59
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Resumo
Senadora Soraya Thronicke promove a legalização do vape no Brasil com o Projeto de Lei 5.008/2023, gerando debates sobre os benefícios e riscos do uso de cigarros eletrônicos.
Senadora quer legalizar vape, muito mais nocivo do que cigarro:

A senadora que está promovendo a legalização do vape no Brasil é Soraya Thronicke, do partido Podemos, representando o estado de Mato Grosso do Sul. Ela é a autora do Projeto de Lei 5.008/2023, que visa regulamentar a produção, comercialização e fiscalização dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes. 

Este projeto surge em um contexto em que a proibição desses dispositivos no Brasil, estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, tem sido alvo de debates acalorados. A proposta de Thronicke busca não apenas permitir a venda desses produtos, mas também estabelecer regras claras para sua comercialização e uso.

O projeto foi discutido após uma audiência pública e está sendo analisado por várias comissões do Senado. Enquanto os defensores da proposta argumentam que a regulamentação pode ajudar a combater o mercado ilegal e garantir produtos mais seguros para os consumidores, entidades médicas se manifestaram contra a liberação, destacando os riscos à saúde pública associados ao uso de vapes.

Em artigo intitulado "Epidemia dos vapes", o jornalista Luiz Pimentel da revista IstoÉ argumenta: "Um dos grandes problemas dos vapes é que a sugestão original de que era um substituto mais seguro aos cigarros continua, mesmo que todas as evidências apontem o contrário. Com a omissão de composição e níveis altamente viciantes, como a nicotina, o usuário continua a acreditar não estar consumindo algo tão nocivo ao organismo ao inalar vapor em vez de fumaça, mas os pulmões não são feitos nem para um nem para o outro. Assim, o nível de risco à saúde não possui sequer parâmetro e depende de uma série de fatores – desde a fabricação e natureza do produto à frequência e estilo de consumo. Dado que todos consumidos no Brasil são originários de contrabando, o cenário só piora, ao ponto de a Organização Mundial da Saúde (OMS) nivelar os dois, determinando que o uso de cigarro eletrônico deve ser encarado da mesma forma que o tabagismo quanto aos malefícios à saúde”. 

“É mais nocivo até. O jovem está  ficando dependente da nicotina mais facilmente e as doenças causadas pelo tabaco estão se repetindo com o cigarro eletrônico, mas cada vez mais cedo. O cigarro eletrônico não é o que a indústria lançou como sendo um mecanismo para se livrar do cigarro normal, isso não acontece”, diz o coordenador do projeto antitabágico do Hospital Universitário da USP, o médico João Paulo Lotufo. “Uma boa parte dos jovens vai criar vício em nicotina, uma droga que causa uma dependência muito forte. É mais difícil parar de fumar do que de beber. Nós vamos criar um exército de dependentes que vão fumar o resto da vida.”

Assista ao vídeo com o comentário de André Forastieri.

(*) André Forastieri é jornalista, empreendedor, Top Voice LinkedIn e fundador da plataforma Homework. Se você curtiu esse vídeo e quer receber conteúdos exclusivos, assine sua newsletter aqui, é grátis: andreforastieri.com.br

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