Ver pornografia pode “encorajar homens a usar preservativos”
Uma pesquisa da Universidade de Columbia concluiu que homens que assistem filmes pornográficos tendem a fazer sexo com camisinha
Homens que assistem filmes pornográficos com sexo explícito, em que preservativos são usados em cena, estão mais propensos a usar proteção durante o ato sexual, revelou uma pesquisa americana. As informações são do site The Independent.
O estudo reuniu 256 homens de Nova York, Filadélfia, Baltimore e Washington DC, e constatou que o comportamento sexual deles foi diretamente influenciado pelo que assistiram. Eric Schrimshaw, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia, e um dos autores da pesquisa, disse que “os homens que viram mais pornografia que continha o uso de preservativo envolvido tem menos encontros sexuais sem camisinha. Estes resultados têm implicações políticas importantes na prevenção do HIV”.
Mas, cerca de 92% dos participantes afirmaram ter assistido a cenas de sexo explícito em que o preservativo não era usado. Quase metade dos entrevistados admitiram que foram diretamente incentivados pelos filmes a se envolverem em relações sexuais mais arriscadas.
O Dr. Schrimshaw explicou que “as consequências potencialmente negativas sobre o comportamento destes homens tem implicações políticas para os diretores, produtores, distribuidores, artistas e espectadores”.
Os pesquisadores analisam como os resultados podem contribuir para o debate sobre o uso de preservativo nesse tipo de filme. “Nossa conclusão é que ver pornografia que contém o uso de camisinha está associada a menos encontros de risco, o que sugere que esse tipo de material pode ter uma função protetora importante, incentivando os homens a usar preservativos”, disseram os cientistas.
Nos Estados Unidos o uso de preservativo na indústria pornográfica tem sido um assunto intensamente debatido, com autoridades governamentais e organizações de saúde sexual salientando a necessidade de uma maior segurança para os atores. Por outro lado, figuras do meio argumentam que isso afastaria o público de seus filmes.