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Síndrome de Burnout: O que é e como tratar ?

Cada vez mais frequente a Síndrome de Burnout mostra como profissionais das mais diversas áreas estão chegando à um esgotamento físico e mental.

28 mar 2023 - 18h48
(atualizado às 18h51)
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Em algum momento da sua vida profissional você já se sentiu esgotado? Teve o sentimento de que não conseguiria dar conta? Ou mesmo, ficou pressionado pelo grande volume de demandas? Saiba que isso pode ser um sinal de burnout. A rotina dos profissionais das mais diversas áreas, desde a saúde até a comunicação, pode ser bastante exaustiva. Fato que em alguns casos chega a resultar na Síndrome de Burnout, que é exatamente esse esgotamento físico e mental. Quer saber o que é esta síndrome e como tratá-la? Este conteúdo explicará mais sobre ela e os impactos na sua rotina. Acompanhe a leitura!

O que é Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio psíquico causado pelo excesso de trabalho. Derivado do termo inglês, o termo "burnout" significa "apagar", ligado ao sentido de esgotar. Dessa forma, ao sofrer com a síndrome, o profissional fica impossibilitado de cumprir suas funções, uma vez que fica em um estado de exaustão física e mental. Os reflexos, inclusive, se estendem além do trabalho e chegam na vida pessoal de cada um.

O que causa a Síndrome de Burnout?

Existem muitos fatores que podem levar um profissional a sofrer com a síndrome de burnout. No entanto, o principal deles é o excesso de trabalho. Com a alta carga de tarefas, alinhada com o acúmulo de estresse, os funcionários passam a ficar sobrecarregados de demandas. Além disso, é comum de muitas empresas concentrarem o volume de trabalho de uma equipe inteira em um único profissional. Com o tempo, este funcionário chega ao limite apresentando sintomas que podem ocasionar a total impossibilidade de realização das atividades.

Quais são os sintomas do Burnout?

A Síndrome de Burnout envolve sintomas como nervosismo, ansiedade, dificuldade de concentração, cansaço extremo, entre outros. É importante destacar que estes sintomas podem ser físicos e psicológicos, desenvolvendo-se de forma diferente para cada pessoa. Entre os principais sinais e sintomas da Síndrome de Burnout, podemos destacar:

  • Cansaço excessivo físico e mental;
  • Sentimento de fracasso;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Fadiga;
  • Falta de apetite;
  • Dores musculares;
  • Alteração nos batimentos cardíacos;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Falta de vontade de estar com outras pessoas.

Lembre-se: os sintomas da Síndrome do Esgotamento Profissional podem começar de forma sutil. Por isso, muitas vezes não percebemos a situação em que nos encontramos. Em alguns casos, nem com o avanço dos sintomas, o profissional é capaz de reconhecer que está doente. Ouvir palavras de alerta de pessoas do convívio pode ser o primeiro passo para chegar a um diagnóstico.

Síndrome de Burnout
Síndrome de Burnout
Foto: Sou Mais Bem Estar

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feito por psiquiatras ou psicólogos, profissionais mais indicados para identificar o problema e orientar o tratamento correto. Assim como comentado no tópico anterior, em alguns casos a própria pessoa não reconhece que está sofrendo com a síndrome. Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não reconhecerem o problema, o que pode contribuir para a situação ficar ainda mais séria. Por isso, é essencial manter a atenção nos sinais dados pelo corpo quando não estamos indo bem. Escutar amigos próximos, familiares e até mesmo colegas de trabalho é um ótimo caminho para reconhecer que precisamos de ajuda. Por mais leves que os sintomas possam parecer, procurar um profissional para auxiliar no processo de tratamento, é fundamental.

Quais são as alternativas para um tratamento efetivo?

Uma vez que o problema é diagnosticado, existem tratamentos para auxiliar na recuperação do paciente. Entre os tratamentos mais eficazes está a psicoterapia, que envolve acompanhamentos regulares com psicólogos e/ou psiquiatras. Esse acompanhamento também pode envolver medicamentos. Os antidepressivos e ansiolíticos são indicados em muitos casos, principalmente naqueles em que a doença já está bastante avançada. Outro tratamento muito eficaz é a prática das atividades físicas. Os exercícios são primordiais para a manutenção da saúde física, mental e emocional, ajudando a controlar os sintomas da Síndrome de Burnout. Importante: não se preocupe em fazer apenas atividade X ou Y. Escolha suas atividades físicas a partir daquilo que você gosta de fazer — caminhar, jogar futebol, correr, ir para a academia etc. Veja nelas uma forma de adotar um estilo de vida mais saudável, sem que traga mais peso para sua rotina. Afinal, a meta é conseguir levar nossos dias mais leves e com menos estresse!

Quais são as consequências de não realizar o tratamento?

Pense bem, se uma pessoa começa a sentir alguns sintomas e após fazer alguns exames descobre que está doente, o que ela deve fazer? A resposta clara é: iniciar o tratamento indicado pelo médico para ficar curada. Parece óbvio, não é? Agora pergunto a você: por que com a Síndrome de Burnout seria diferente? Assim como qualquer outra doença, a Síndrome de Burnout precisa ser identificada e tratada para o paciente poder lidar com ela ou mesmo ficar completamente curado. Ou seja, ao receber o diagnóstico e não realizar o tratamento, o profissional assume o risco da Síndrome de Burnout avançar, ocasionando sintomas cada vez mais prejudiciais, impactando nas relações sociais entre as pessoas. Existem casos em que a Síndrome de Burnout avança para uma depressa, trazendo diversas limitações para quem sofre com ela. Além disso, em determinadas situações, o funcionário precisa ser aposentado por invalidez, uma vez que não é mais capaz de trabalhar.

É possível prevenir a Síndrome de Burnout?

Sim, é possível prevenir a Síndrome de Burnout. Para isso, você precisa estabelecer uma rotina com menos estresse e pressão no trabalho. Isso significa estabelecer limites, para você mesmo e também às pessoas ao redor. Algumas formas de prevenção que você pode adotar, são:

  • Definir metas alcançáveis na vida profissional e pessoal;
  • Estabelecer momentos de lazer para aproveitar sua família e amigos;
  • Não dedicar 100% da vida ao trabalho;
  • Buscar fugir da rotina;
  • Faça atividades físicas regulares;
  • Não se culpe por não conseguir lidar com maior do que você é capaz de fazer.

Quais são as principais diferenças entre Burnout, depressão e estresse?

Mesmo que tenham sintomas semelhantes, burnout, depressão e estresse não são o mesmo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os três se diferem da seguinte forma:

  • Burnout: fenômeno ligado ao trabalho;
  • Depressão: doença psiquiátrica crônica;
  • Estresse: resposta que o corpo dá diante das situações do dia a dia.

Apesar de não serem a mesma doença, os três se interligam de alguma forma. O Burnout é resultado de uma rotina estressante, que pode acabar resultando em uma depressão em casos mais graves. Já a depressão não está diretamente ligada ao Burnout, mas pode ser uma consequência dele. Assim como altos níveis de estresse podem colocar as pessoas em situações que intensifiquem quadros depressivos. Por fim, o estresse se relaciona com diversas doenças, sejam elas físicas, mentais ou emocionais. Dessa forma, é importante controlar os níveis de estresse diário, a fim de evitar que pequenos problemas se acumulem trazendo consequências muito piores. Então, esse artigo ajudou você a refletir sobre sua vida profissional e como ela está impactando você? Refletir sobre isso é primordial para reconhecer o que tem afetado você, de modo que medidas possam ser tomadas para não entrar em um ciclo de desgaste em todas as áreas da veja, uma vez que a infelicidade profissional impacta o bem-estar da vida pessoal.

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