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Síndrome de Rapunzel: americana tem bola de cabelo de 15 cm retirada do estômago

7 out 2016 - 15h27
(atualizado às 16h22)
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Rapunzel é uma personagem de contos de fada que lança suas longuíssimas tranças pela janela para que seja possível escalar a torre na qual fica presa.

Doença é a combinação das compulsões por arrancar e ingerir o próprio cabelo
Doença é a combinação das compulsões por arrancar e ingerir o próprio cabelo
Foto: iStock

Mas também é o nome de uma síndrome rara que acomete pessoas como uma americana de 38 anos que, por causa do tipo de distúrbio, tinha uma bola de pelos de 15 cm de diâmetro em seu estômago.

A síndrome de Rapunzel é caracterizada pela combinação da tricotilomania, uma vontade irresistível de arrancar o próprio cabelo, e a tricofagia, como é chamada a ingestão compulsiva dos fios.

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Os poucos casos já documentados mostram que isso pode levar a consequências terríveis para o sistema digestivo. No caso da americana, que não teve seu nome revelado, ela passou a ter surtos de vômito e constipação, e seu estômago inchou por estar repleto de líquidos e gases.

Ela parou de ingerir comida por um ano, perdeu 7 kg nos oito meses anteriores e, quando foi atendida no hospital, não conseguia reter nenhum alimento que ingeria.

Médicos do Estado do Arizona, autores do relato do caso no periódico científico BMJ Case Reports, fizeram a princípio uma transfusão de sangue para combater a anemia da paciente.

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Mas, ao fazer uma cirurgia, descobriram uma bola densa de pelos de 15 cm x 10 cm em seu estômago e outra menor, de 4 cm x 3 cm, no intestino delgado, que estavam bloqueando seu sistema digestivo.

Elas foram retiradas, e a paciente passou a ingerir uma dieta rica em proteína para ajudar na sua recuperação.

Até hoje foram registrados 88 casos desta síndrome. Em alguns deles, os fios de cabelo se acumularam continuamente em todo o sistema digestivo, do estômago ao intestino grosso.

A maioria das ocorrências se deu em crianças: 40% dos pacientes tinham menos de 10 anos de idade.

Doença é rara, e mais registrada em crianças
Doença é rara, e mais registrada em crianças
Foto: Thinkstock
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