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Síndrome do esgotamento mental: descubra se a sua mente está esgotada

Especialista ajuda a entender o limite das emoções que afetam as pessoas

19 jun 2021 - 10h32
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A síndrome do esgotamento mental também pode ser consequência do excesso de trabalho
A síndrome do esgotamento mental também pode ser consequência do excesso de trabalho
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Você já se sentiu exausto hoje? Se você está vivenciando, a longo prazo, uma carga intensa de estresse, é provável que esteja sofrendo da síndrome do esgotamento mental.

A condição afeta a saúde física e mental. A pessoa atinge o limite das suas emoções e pode desenvolver distúrbios mentais como transtorno de ansiedade generalizada, crises de pânico e depressão.

As causas do esgotamento emocional variam de caso para caso. A psicóloga Marilene Kehdi, especialista em atendimento clínico, explica que existem gatilhos distintos, entre eles: problemas pessoais como divórcios, doença crônica ou lesão, desemprego, falecimento de alguém próximo, problemas financeiros, período pós-parto.

A síndrome do esgotamento mental também pode ser consequência do excesso de trabalho, que desencadeia a Síndrome de Burnout, que hoje afeta três em cada dez brasileiros.

Ela surge pela sobrecarga de funções e pela dificuldade em executá-las, pela pressão de atingir metas em curto prazo, falta de autonomia e de reconhecimento dos esforços, excesso de competição, desconfiança, insatisfação, infelicidade no trabalho, um chefe ou líder muito exigente e controlador, além do próprio acúmulo de tarefas.

A pandemia da Covid-19 e seus desdobramentos também desencadearam consequências no emocional das pessoas. Muitas se viram diante de um alto nível de esgotamento emocional, devido às preocupações, problemas e crises no âmbito pessoal, profissional e geral.

Saiba quais são os sinais da exaustão emocional:

  • Cansaço físico e mental excessivo, dificuldade para descansar e relaxar. Apatia e desânimo generalizados;
  • Medo, sensação de que está sendo ameaçado por alguma coisa ou de que algo ruim está prestes a acontecer;
  • Desesperança, impressão de que nada vai mudar, de que não há saída, nem perspectiva;
  • Insônia, demorar para dormir, acordar de madrugada sem sono ou ter uma noite agitada;
  • Dificuldade de concentração, cansaço mental, ter dificuldade de manter a coerência de raciocínio;
  • Lapsos de memória, dificuldade de processar e armazenar informações no nível consciente decorrente da saturação mental. Raciocínio lento e dificuldade de manter uma conversação mais longa;
  • Labilidade emocional, ter vontade de chorar sem motivo aparente, sentimentos de desesperança, ansiedade e angústia;
  • Irritabilidade, nervosismo e perda do controle com mais facilidade;
  • Mudanças de comportamento como comportamentos reativos e defensivos.

Possíveis sintomas físicos:

  • Alterações no apetite, comendo demais ou perdendo a fome;
  • Dores de cabeça;
  • Dores e tensões musculares;
  • Queda da imunidade;
  • Alterações na respiração decorrentes do nível de ansiedade, que a tornam mais curta;
  • Pode ocorrer aumento de risco de doença cardíaca;
  • Alterações gástricas e intestinais, podendo desenvolver gastrite e ter muita constipação.

Ao iniciar o tratamento, a primeira tarefa é indicar as causas, eliminar os fatores de estresse, promovendo alterações onde for necessário, seja no aspecto profissional ou pessoal. Após essa etapa, o recomendado é promover mudanças no estilo e dinâmica de vida, assumir o controle sobre o estresse. Elaborar e ressignificar experiências impactantes da vida também é fundamental.

É recomendado a prática de algum exercício físico seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19, não ficar conectado 24 horas por dia no mundo on-line, fazer refeições saudáveis e dormir melhor.

Lembre-se que o acompanhamento profissional é fundamental nesses casos. Para um tratamento mais adequado, procure ajuda. 

Consultoria: Marilene Kehdi, psicóloga 

Saúde em Dia
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