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Sobe para sete o número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul

Dois novos casos foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado; vítimas eram moradores de Porto Alegre e Canoas

30 mai 2024 - 05h50
(atualizado às 07h35)
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Vista aérea mostra ruas ainda alagadas no bairro Mathias Velho, na cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, nesta terça-feira, 28.
Vista aérea mostra ruas ainda alagadas no bairro Mathias Velho, na cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, nesta terça-feira, 28.
Foto: FERNANDO TEIXEIRA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou na quarta-feira, 29, mais duas mortes por leptospirose no Estado. Agora, já são sete vítimas da doença que tem contaminação facilitada por enchentes que afetam cidades gaúchas desde o fim de abril.

Análises do Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmaram a infecção das vítimas, dois homens, de 56 e 59 anos, que moravam em Porto Alegre e Canoas. Outros 10 óbitos seguem sob investigação e 141 casos já foram confirmados.

Leptospirose

leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou na lama de locais com enchentes. "O contágio ocorre através do contato da pele com a água contaminada ou por meio de mucosas", reforça a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul.

Como é a transmissão por leptospirose?

A doença é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira.

Os sintomas podem surgir de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a até 30 dias. Na ocorrência de febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios, a população é orientada a buscar atendimento no serviço de saúde.

Diante da notificação, a secretaria alerta para a importância de a população procurar um serviço de saúde caso observe os seguintes sintomas:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Fraqueza;
  • Dores no corpo (em especial, na panturrilha);
  • Calafrios.

Além disso, diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse também podem ocorrer.

Segundo a SES, o tratamento da doença é iniciado imediatamente diante da suspeita comprovada por profissionais da saúde. Casos leves recebem atendimento ambulatorial enquanto ocorrências mais graves necessitam de hospitalização imediata.

Orientações a serem seguidas:

  • Nos locais que tenham sido invadidos por água da chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água.
  • Mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados;
  • Mantenha a cozinha limpa e sem restos de alimentos e retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer;
  • Mantenha o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores;
  • A luz solar também ajuda a matar a bactéria;
  • Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas. Se não for possível, é indicado o uso de botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés);
  • Para o controle dos roedores, também recomenda-se a desinfecção e vedação de caixas d'água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito somente por técnicos devidamente capacitados.
Estadão
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