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SP assina contrato com a Sinovac para fornecimento de 46 milhões de doses da coronavac até dezembro

Contrato prevê mais 14 milhões de doses até fevereiro do ano que vem; acordo também confirma a transferência da tecnologia para produção no Butantã. Se imunizante passar em testes e for aprovada, vacinação poderá começar em dezembro

30 set 2020 - 13h21
(atualizado às 13h44)
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(em atualização)

O governo de São Paulo assinou nesta quarta-feira, 30, o contrato de fornecimento de 46 milhões de doses da coronavac até dezembro deste ano. Outras 14 milhões de doses devem ser fornecidas pela Sinovac ao Estado até fevereiro do ano que vem. O contrato assinado nesta quarta também prevê a transferência de tecnologia da vacina ao Butantã, que é parceira da empresa chinesa e coordena os testes do imunizante em voluntários no Brasil. O governo de São Paulo ainda aguarda a finalização dos testes, mas, segundo o governador João Doria (PSDB), se essa fase tiver sucesso e a vacina for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação no Estado poderá começar em 15 de dezembro e será iniciada pelos profissionais de saúde.

"Os testes seguem até 15 de outubro. Mas estamos confiantes no resultado dessa vacina. Estamos avançando positivamente com esperança de que essa será uma das mais promissoras vacinas contra a covid-19. Vamos respeitar os procedimentos de testagem, e após aprovação da Anvisa, o início da vacinação está previsto para começar no dia 15 de dezembro, começando pelos profissionais da saúde", afirmou Doria.

Coronavac, parceria da chinesa Sinovac com o Instituto Butantã, está em fase de testes em voluntários no Brasil.
Coronavac, parceria da chinesa Sinovac com o Instituto Butantã, está em fase de testes em voluntários no Brasil.
Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP / Estadão

O estudo da vacina foi ampliado, de nove mil para 13 mil voluntários, e acontece em 16 centros de estudos espalhados por sete estados brasileiros e o Distrito Federal. De acordo com o presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas, sete mil voluntários já receberam o imunizante. Ele afirmou também que, em outubro, o Butantã receberá da Sinovac a matéria prima para ser transformada em vacinas no instituto. Uma fábrica do Butantã entrará em obras em novembro e será ampliada para produção da coronavac. O contrato assinado nesta quarta é de US$ 90 milhões.

"Importante lembrar que, para que possamos dar início ao programa de vacinação, temos que ter aprovação do órgão regulatório. As tratativas vem sendo positivas. Há entendimento de que uma vacina, ou as vacinas, são necessárias para que tudo volte ao normal. A nossa relação com o Ministério da Saúde é algo próximo e temos tratativa com o ministro Pazuello, com apoio e até o incentivo financeiro", afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. "São sinais de que teremos boa condução assim que tivermos a liberação da Anvisa. Não tenho dúvida de que essa vacina será inserida no Programa Nacional de Vacinação e será distribuída pelo SUS", disse. No entanto, Gorinchteyn citou que, caso isso não ocorra, pode existir um plano de vacinação para São Paulo.

Na semana passada, o governo do Estado divulgou um estudo feito em 50 mil pessoas na China que indicou segurança da coronavac. Segundo o governo de São Paulo, 94,7% dos voluntários não apresentaram qualquer efeito adverso - índice que se equipararia a outras vacinas já amplamente usadas no Brasil, como a da gripe.

Estadão
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