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Jovem de 18 anos morre após acne inflamada: entenda os riscos de cutucar

Mãe diz que superbactéria que provocou a morte de jovem de 18 anos se desenvolveu a partir de acne na face

26 jun 2023 - 18h02
(atualizado em 27/6/2023 às 11h38)
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Dâmilly Beatriz estudava biomedicina
Dâmilly Beatriz estudava biomedicina
Foto: Reprodução/ Perfil Brasil

Uma jovem de 18 anos veio a óbito na segunda-feira (12) após sofrer uma infecção generalizada decorrente da superbactéria Staphylococcus aureus. O caso foi registrado em Blumenau, cidade de Santa Catarina.

Segundo o G1, Daniela Veiga, mãe de Dâmilly Beatriz da Graça, contou que a origem da sepse foi uma acne que a estudante de biomedicina teve no rosto. De fato, lesões como essa servem como meio de acesso para a bactéria chegar ao organismo.

"É uma bactéria presente normalmente como colonizadora, então a gente sabe que aproximadamente 30% dos adultos sadios vão ter essa bactéria como colonizadora do nariz, outros 20% vão ter ela colonizante da pele e convivem com essa bactéria sem causar nenhuma doença", inicia o infectologista Cristiano Galvão, ao falar com o Terra.

"O problema acontece quando a gente tem o que a gente chama de porta de entrada. Alguma ferida, alguma lesão causada por acidente, procedimento cirúrgico, pacientes imunossuprimidos... Que é quando essa bactéria vai achar um mecanismo de entrar na corrente sanguínea e causar uma infecção que pode ser generalizada e progredir para uma sepse", esclarece o médico, acrescentando que a Staphylococcus aureus pode causar outras diversas complicações, como pneumonia, endocardite e artrite séptica, a depender da forma que acesse a corrente sanguínea.

Há tratamento para a bactéria - Galvão aponta que a doença é controlada com o uso de antibióticos, mas em alguns casos o organismo pode apresentar resistência à medicação. Para o infectologista, isso é consequência do uso indiscriminado de remédios, problema atualmente observado na sociedade brasileira.

Riscos associados à acne

Desse modo, a acne é só mais uma porta de entrada para a superbactéria. O dermatologista Lucas Miranda confirma que, quando inflamada, a espinha pode formar lesões abertas, a exemplo de pústulas ou cistos, o que favorece o microorganismo.

Mas esse não é o único problema. A acne pode deixar cicatrizes permanentes na pele, por exemplo. Quando o caso é mais grave, a acne nodular ou cística pode causar dor intensa e infecções. "Além disso, pode ter impacto psicológico significativo, podendo estar associada a ansiedade, depressão e isolamento social", pontua Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Como evitar ou diminuir o efeito das acnes?

Para Miranda, a medida essencial é manter uma boa higiene facial, lavando o rosto suavemente com sabonete adequado duas vezes ao dia. É importante também evitar o uso de produtos que possam obstruir os poros; deixar as mãos sujas longe da face; remover a maquiagem antes de dormir; e se consultar com um dermatologista para saber qual o melhor tratamento e rotina de skincare para sua pele.

E como tratar a pele acneica?

O tratamento, como de costume, depende da gravidade do problema e das características individuais do paciente. "O dermatologista pode recomendar uma combinação de tratamentos, como produtos tópicos contendo ingredientes ativos como ácido salicílico, peróxido de benzoíla ou retinóides. Em casos mais graves, o uso de medicamentos orais, como antibióticos ou isotretinoína, pode ser necessário", indica.

Quem sofre com o problema também não deve evitar estourar ou espremer as espinhas para evitar inflamações e infecções adicionais.

Fonte: Redação Terra Você
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