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Surto de ebola faz EUA emitirem alerta máximo para viagens à África Ocidental

31 jul 2014 - 17h50
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As autoridades americanas elevaram ao nível máximo o alerta sobre viagens para Guiné, Libéria e Serra Leoa devido ao surto de ebola que já matou centenas pessoas nos últimos meses.

"Estamos pedindo para que não façam viagens para a zona afetada a menos que seja essencial. Precisamos evitar o risco de contágio e também ajudar os países a controlar a doença. O ebola está aumentando na África Ocidental. Este é o maior e mais complexo surto da doença na história e já tirou muitas vidas", disse nesta quinta-feira em entrevista coletiva Tom Frieden, diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês).

Por este motivo, os CDC elevaram o alerta de viagem ao nível três, o mais alto, e afirmaram que estão em contato constante com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades para conter a doença. Além disso, a entidade têm equipes nos três países afetados: Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Frieden anunciou que no próximo mês enviará pesquisadores da agência para ajudar a detectar e isolar os casos e tentar deter o avanço do vírus.

"Vamos enviar 50 especialistas a estes três países que vão ajudar a criar centros de operações de emergência para desenvolver uma estrutura que permita tratar o surto de forma mais efetiva, o que será realizado em total parceria com a OMS", explicou.

Até 23 de julho, a OMS tinha contabilizado ao todo 1.201 casos de ebola e 672 mortes pela doença em Guiné, Serra Leoa e Libéria. De acordo com dados da organização, até agora, Conacri, Guéckédou, Boffa, Dubreka e Siguiri são os distritos mais afetados e os que contam com vigilância constante.

"Estamos fortalecendo a capacidade destes países para evitar que pessoas que foram expostas à doença saiam do país. Em outras palavras, cada país se comprometeu a fazer algo que não é fácil e teremos a nossa equipe fazendo provas de diagnóstico para garantir que as pessoas que não devem viajar, não viajem", disse.

A doença tem taxa de mortalidade de perto de 90% e entre os sintomas há a aparição súbita de febre, dores musculares, de cabeça e de garganta, assim como fraqueza extrema. Os sintomas iniciais são geralmente seguidos de vômitos, diarreia, erupções cutâneas, disfunção renal e hepática e em alguns casos, hemorragias internas e externas, segundo a OMS.

EFE   
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