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Teich: "Interesse pessoal" pauta discussão sobre isolamento

O ministro reagiu ao posicionamento dos conselhos de saúde de Estados e municípios, que rejeitaram a nova diretriz do Ministério da Saúde

11 mai 2020 - 18h55
(atualizado às 19h34)
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O ministro da Saúde, Nelson Teich, reagiu nesta segunda-feira, 11, ao posicionamento dos conselhos de saúde de Estados e municípios, que rejeitara, neste momento a possibilidade de adotarem, como modelo, as diretrizes de isolamento social em cada localidade.

Ministro da Saúde, Nelson Teich
22/04/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro da Saúde, Nelson Teich 22/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Sem citar nomes, Teich voltou a dizer que não se trata de dizer se é melhor flexibilizar ou isolar certa população por causa da disseminação do novo coronavírus, mas sim de trabalhar sem "interesse pessoal", mas pela coletividade.

"Mais uma vez, eu quero deixar claro que essa discussão de uma estratégia não representa você definir se vai isolar ou flexibilizar. A discussão aqui é uma metodologia sobre qual é a melhor forma de você cuidar das pessoas e proteger a sociedade", disse o ministro. "Quando você polariza esse tipo de discussão, isso é muito ruim porque, em vez de você sentar para uma discussão técnica, você acaba caminhando para discussões que parecem mais, às vezes, de interesse pessoal, do que coletivo.

Como informou hoje o Estado, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), órgãos que os representantes de Estados e municípios junto do Ministério da Saúde, rejeitaram a adoção da nova diretriz, principal promessa de Nelson Teich ao assumir a pasta para rever a estratégia de combate a covid-19. "Enquanto estivermos empilhando corpos, não tenho como discutir isso", disse o presidente do Conass, Alberto Beltrame.

Nelson Teich disse que, apesar de todas as preocupações atuais estarem voltadas aos casos mais graves da doença, o governo tenta encontrar uma forma de atuar mais fortemente nos casos em que os sintomas são mais recentes, para começar a fazer o tratamento o mais rápido possível. "É uma doença que você aprende todo dia. Tudo é reavaliado todo dia. "Não dá pra gente focar só no doente mais grave. Isso reduz a evolução para fase mais crítica, o que seria um grande alívio para o sistema e isso aumenta a capacidade de cuidar. É uma abordagem que vai ser feita agora", disse o ministro.

Sem dar detalhes, Nelson Teich também afirmou que o Brasil trabalha para que um grupo de pacientes seja integrado à fase de testes de uma vacina contra a doença. "A gente está trabalhando para fazer parte de um grupo que vai testar a primeira vacina para covid-19. O Brasil está interagindo para fazer parte do grupo que vai testar vacina", comentou.

Estadão
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