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Transplante capilar: existe um momento ideal para fazê-lo

Realizar transplante capilar precocemente pode prejudicar o resultado a longo prazo

25 ago 2024 - 06h00
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Resumo
Não existe idade ideal para o transplante capilar, mas é importante aguardar a estabilização da queda capilar. Realizar o procedimento precocemente pode comprometer o resultado e a área doadora.
Foto: Reprodução

O transplante capilar vem se tornando cada vez mais popular e acessível. Ao menor sinal de entradas e falhas nos cabelos, muitas pessoas, especialmente os homens, já pensam na possibilidade de realizar o procedimento. Mas surge a dúvida: qual a idade ideal para realizar o procedimento? 

“A realidade é que não existe uma idade ou momento mais indicado para a realização do transplante capilar. Mesmo pacientes jovens, ainda na faixa dos 20 anos, podem ter indicação para o procedimento, pois não existe um limite mínimo. O médico deve ter o bom senso para avaliar o quadro de cada paciente, levando em consideração questões como o incomodo estético e o grau da calvície, e assim indicar o tratamento adequado de forma a não realizar o transplante de maneira precoce”, explica Danilo S. Talarico, médico-professor de Cirurgia Capilar e Tricologia.

De acordo com o médico, o ideal é que o transplante seja realizado após a estabilização do processo de queda capilar e da formação da linha do cabelo, o que pode variar muito de paciente para paciente, mas geralmente ocorre por volta dos 30 anos. 

“Nesse ponto, o médico conseguirá identificar claramente qual o padrão da queda capilar para planejar a cirurgia de forma a conquistar os resultados mais naturais e duradouros possíveis”, diz o especialista. 

Na Escala de Noorwood, utilizada para identificar o grau de calvície, o transplante capilar é geralmente indicado a partir do grau 3, quando a linha do cabelo adquire um formato de M, U ou V ou os fios começam a afinar na região da coroa.

Danilo explica que o problema de realizar o transplante capilar de maneira precoce está no fato de a calvície continuar a progredir após o procedimento. 

“Como são geralmente extraídos da região da nunca, os fios transplantados não sofrem com o processo de miniaturização definido geneticamente. Então, se o transplante capilar for realizado precocemente e o tratamento clínico não for devidamente seguido após o procedimento, o resultado pode ser comprometido, pois os fios continuarão a cair, com exceção daqueles que foram transplantados”, diz o especialista.

Ele afirma que é por esse motivo que é indispensável que o tratamento clínico, com medicamentos como Minoxidil e Finasterida, seja religiosamente realizado após o transplante capilar, independentemente do momento e da idade em que for realizado. 

“Inclusive, não costumo indicar a realização do procedimento antes de seis meses de uso desses medicamentos, justamente para avaliar como é a resposta e a aderência desse paciente ao tratamento clínico”, pontua.

Comprometimento da área doadora

Outro risco da realização precoce do transplante é o comprometimento da área doadora, impossibilitando a realização de um novo procedimento no futuro. “Caso o transplante seja realizado precocemente e o tratamento clínico não seja seguido, pode ser que, no futuro, seja necessária a realização de um novo procedimento para corrigir falhas. O problema é que, dependendo da maneira como a área doadora foi tratada da primeira vez, pode não haver cabelo suficiente para que o transplante seja realizado sem deixar falhas no local de onde os fios foram retirados. Por isso, é muito importante que tudo seja bem planejado pelo médico”, afirma Danilo.

Vale ressaltar ainda que, apesar de não existir uma idade limite para o procedimento, é importante não esperar muito para realizar um transplante capilar se você já possui indicação, pois pode ser tarde demais. 

“A queda capilar avança com a idade, então, em estágios muito avançados, o transplante capilar pode se tornar uma cirurgia ainda mais demorada ou até mesmo ser necessário múltiplos procedimentos para chegar a um resultado realmente satisfatório”, diz o médico.

Ele explica que, caso a queda capilar já esteja muita avançada, também pode não existir cabelo suficiente na área doadora para cobrir toda a área afetada, impossibilitando o procedimento. “Além disso, vale ressaltar que uma idade muita avançada acaba aumentado o risco de complicações em qualquer tipo de procedimento”, pontua.

Mas o médico reforça que não há necessidade de adiar a realização do transplante capilar se o motivo for medo do tratamento. 

“O procedimento é extremamente seguro, pois, como as unidades foliculares utilizadas são do próprio paciente, não há risco de rejeição. Além disso, o resultado é muito natural, pois os folículos são cuidadosamente selecionados, extraídos individualmente e inseridos um a um de maneira estratégica de acordo com a angulação e distribuição necessária para restaurar com naturalidade”, diz Danilo Talarico.  

Na dúvida sobre o momento ideal para realizar o transplante capilar, o mais importante é buscar um especialista. “Apenas o médico poderá realizar uma avaliação minuciosa do quadro para dizer se o transplante capilar já é recomendado ou se, naquele momento, apenas o tratamento medicamentoso já é suficiente para estabilizar a queda capilar”, finaliza.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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