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'Treinar fofo': o termo que tomou as redes sociais pode ser problemático

No fim, o que importa é movimentar o corpo e não ter vergonha do treino que você executa - avalia profissional

28 mar 2023 - 14h16
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O importante é deixar a vergonha de lado e alinhar com seu professor os objetivos daquela atividade.
O importante é deixar a vergonha de lado e alinhar com seu professor os objetivos daquela atividade.
Foto: iStock

Você já ouviu falar no conceito de “treinar fofo”? O termo tem viralizado nas redes sociais, principalmente no Twitter, e diz respeito a quem pega mais leve na academia, levanta pesos menores, não tem aquela performance lida como “invejável”.

Apesar de ser um termo engraçadinho que caiu no gosto da galera, ele pode ser bastante problemático se levado ao pé da letra.

O professor de educação física e Yoga, Yuri Dourado, avalia que o conceito vai contra o próprio princípio do treinamento físico: cada pessoa vai ter uma resposta diferente aos estímulos que damos ao corpo dela. “Tem quem precise de mais intensidade e tem quem precise de menos. Hoje, nas academias, existe muita demanda para questões estéticas. Acaba que, além do aluno se preocupar com a estética que vai ter dentro da academia, ele vai se preocupar com o que o treino dele representa. Vai ter gente com vergonha da própria carga e, pior: se colocando em situações perigosas, que podem levar a lesões”, pontua Yuri.

Alinhar os objetivos

O professor de educação física consultado pelo Terra indica que o passo mais importante antes de começar o treino é alinhar com seu instrutor quais os objetivos daqueles exercícios: é estética, melhora da mobilidade e qualidade de vida no geral, quer ter mais fôlego para subir as escadas de casa ou precisa dormir melhor?

“Precisa ter visão sobre o que você quer e ficar tranquilo por estar trilhando esse caminho. Nosso corpo é estimulado pelo meio, pela forma como a gente responde aos estímulos que aparecem. Qualquer decisão que a gente toma, como pegar elevador e não usar a escada, fazer um caminho a pé, pode influenciar. Uma escolha de vida mais ativa influencia positivamente o corpo”, acrescenta Yuri Dourado. 

“Pouca coisa é melhor que nada”

Começo de ano tem sempre aquela promessa do "projeto fitness" e o lance mesmo é manter a constância. Acaba que, com a rotina do dia a dia, a gente reserva pouco tempo para cuidar do que nos mantêm de pé e vai ser nossa companhia pelo resto da vida: o corpo.

Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na "Obvious", discute sobre isso no episódio 176, “O despertar da mulher exausta”, do seu podcast. Ela criou o termo “Chapadinha de endorfina”, que traduz aquele momento prazeroso pós atividade física. É uma delícia, não é? 

Para Marcela, essa invasão de bem estar é muito mais importante que qualquer padrão estético a ser alcançado - padrão esse que, claro, pesa ainda mais para as mulheres.

Segundo a CEO, na nossa sociedade, a vitória de uma mulher é a aparência. "Ela pode ser uma excelente mãe... mas ela já recuperou o corpo que tinha? Ela pode ter uma carreira brilhante, mas deu uma engordadinha, né?’".

“Convenhamos, a beleza é muito menos importante que vários outros assuntos da nossa vida. Como disse a Hariana Meinke durante esse episódio, tá na hora de dividirmos o peso de como nos percebemos entre vários aspectos, porque se deixarmos a responsabilidade apenas no espelho essa conta nunca vai fechar. E a gente vai sempre acabar exausta”, afirma.

Para saúde e bem-estar, a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes.

É o que aponta também o professor Yuri Dourado. Segundo o profissional, dá para distribuir esses 150 minutos durante a semana e até encaixar outras atividades físicas para além das que são feitas em academias. Curte dançar? Se joga! Yoga? Estamos dentro! 

“Você tem que procurar o caminho que se aproxima do resultado que você quer. Pouca coisa é melhor que nada”, conclui Dourado.

Fonte: Redação Terra Você
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