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Pesquisa: idosos estão mais vulneráveis a ter câncer de pele

Especialistas dizem que prevenção é o melhor remédio contra o câncer de pele

25 mai 2015 - 07h56
(atualizado às 12h56)
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Cerca de um quarto das células da pele de pessoas de meia idade já deram os primeiros passos em direção ao câncer de pele, de acordo com um estudo publicado na revista Science. Análise de amostras de pele de pessoas com idades entre 55 e 73 anos descobriram mais de 100 mutações de DNA ligadas ao câncer em cada centímetro quadrado de pele.

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Foto: BBC Mundo / Thinkstock

A equipe, do Sanger Institute, na Inglaterra, disse que os resultados eram surpreendentes. Especialistas afirmam que a prevenção é a melhor defesa contra danos provocados pelo sol. O câncer de pele é um dos tipos mais comuns da doença.

Estudo

Muitas das mutações que culminam em câncer já são conhecidas, mas a equipe queria saber quando elas começaram a aparecer. Os pesquisadores analisaram amostras de pele removidas da pálpebra de quatro pacientes. Em seguida, eles examinaram a fundo o DNA da pele para identificar amostras com mutações que podem estar ligadas ao estágio em direção ao câncer.

"O mais surpreendente é a escala, que entre um quarto e um terço das células apresentava essas mutações de câncer. Isso é muito mais alto do que esperávamos, mas essas células estão funcionando normalmente", disse à BBC, Peter Campbell, chefe do departamento de genética do câncer da Sanger.

Seriam necessárias inúmeras mutações - não se sabe ao certo quantas - para culminar em um tumor. Os resultados mostraram que houve algumas mudanças sutis no jeito que as células que sofreram mutações brandas se comportavam. Elas cresciam mais rápido que outras células da pele.

Ao comentar a pesquisa, Bav Shergill, da Associação Britânica de Dermatologistas, disse que "apesar de o sistema imunológico do corpo poder ser muito eficiente em remover células que sofreram mutações, é importante lembrar que algumas células não são removidas e se transformam em câncer".

"Prevenção é a primeira linha de defesa: usar roupas protetoras, procurar sombra e escolher protetor solar com um fator de proteção (SPF, na sigla em inglês) de pelo menos 30 são boas práticas ao sol", completou.

"Pesquisas como essa podem ajudar a descobrir quais erros específicos podem fazer uma célula da pele danificada virar um câncer", disse Alan Worsley, do Cancer Research UK. "Embora todos nós precisemos de sol, evite se queimar e causar danos à pele passando mais tempo na sombra, se cobrindo com roupas e usando muito protetor com um fator pelo menos 15", finalizou.

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