Usar papel higiênico pode ser menos higiênico do que você imagina
Sugestão: vá de bidê. Da saúde física ao meio ambiente, veja benefícios dessa “troca"
Já parou para pensar no tanto de papel higiênico que compramos ao longo da vida? Seja você homem ou mulher, é gigantesca a quantia de dinheiro que investimos neste material ao longo da vida. Mas pensando não apenas no bolso, a médica Trisha Pasricha, colunista do jornal The Washington Post, resolveu fazer uma matéria-quase-campanha em defesa da substituição do papel higiênico pelo uso do bidê.
Os bidês são aqueles vasos sanitários com torneiras específicas que ocupavam os banheiros dos nossos avós e que, hoje em dia, andam meio desaparecidos das construções modernas. Na visão da médica, eles são muito mais higiênicos que os papéis higiênicos.
"Eu os recomendo para meus pacientes com fezes moles, como na síndrome do intestino irritável, que sentem que a limpeza constante com papel deixa a pele em carne viva. Os bidês também são excelentes para quem tem dificuldade de equilíbrio ou coordenação, voltando a limpar e especialmente fantásticos para pessoas com hemorróidas, fissuras anais ou em recuperação pós-parto", pontua a especialista.
Ela cita um estudo feito em 2022 que descobriu que as mãos das pessoas que usam bidês têm muito menos micróbios do que aquelas que limpam com papel higiênicos. No estudo, os pesquisadores pediram a 32 estudantes de enfermagem no Japão que usassem luvas médicas limpas quando usassem o banheiro para fazer cocô e, posteriormente, examinassem essas luvas para ver quais bactérias carregavam no aparato.
As pessoas que se limparam com papel higiênico tiveram em média quase 40 mil bactérias viáveis diferentes aderidas às luvas. As bactérias nas luvas dos usuários de bidê foram reduzidas em quase 10 vezes.
Outros benefícios do bidê
Além disso, os bidês também são mais ecologicamente corretos do que os papéis higiênicos. Estima-se que, para produzir um rolo de papel higiênico, são necessários cerca de 1,5 kg de madeira e mais de seis galões de água. Com o uso do bidê, você desperdiça apenas um oitavo de galão de água. Está esperando o quê para fazer essa troca?
Caso você não curta essa ideia, a médica sugere outras técnicas, como o uso de lenço umedecido para limpar a região. Ela também relembra a importância de dar descarga com a tampa do vaso abaixada (um estudo de 2012 descobriu que a bactéria C. difficile se espalhou quase 12 vezes mais quando a tampa estava levantada) e nunca, jamais, em nenhuma circunstância, se esquecer de lavar as mãos depois de fazer o número dois.
"Doenças podem se espalhar quando patógenos fecais chegam à nossa boca, então lavar bem as mãos depois de fazer cocô são 20 segundos extras bem gastos do seu dia", ressalta.
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