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Uso de IA pode otimizar recursos e evitar falhas em sistemas de saúde, mas ainda é incipiente

Cristian Rocha, CEO e cofundador da Munai, apresentou potencialidades das novas tecnologias no Summit Saúde e Bem-Estar

14 out 2024 - 13h23
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Nunca se falou tanto sobre inteligência artificial. No entanto, quando o termo é associado à saúde, a discussão ainda está restrita "a bolhas" de pesquisadores e experts. A opinião é de Cristian Rocha, CEO e cofundador da Munai, empresa de IA aplicada à área da saúde.

"No atendimento de ponta, como nas clínicas e hospitais, ainda se fala muito pouco", afirmou Rocha durante o Summit Saúde e Bem-Estar do Estadão, que ocorre nesta segunda-feira, 14, em São Paulo.

Cristian Rocha, CEO e cofundador da Munai, durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar
Cristian Rocha, CEO e cofundador da Munai, durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

"Parece até contrassenso, mesmo porque saúde é uma das áreas com maior potencial de aplicação prática de IA. Hoje, cerca de 30% de todos os dados do mundo são de saúde", acrescentou.

Rocha apresentou dados da Fundação Bill & Melinda Gates que mostram que falhas dos sistemas de saúde resultam em 8 milhões de mortes por ano e custam US$ 250 bilhões em todo o mundo. Só no Brasil, quase 500 mil vidas são perdidas e mais de US$ 6 bilhões são desperdiçados anualmente. "São falhas que vão desde prescrição equivocada de medicamentos até a medicação tardia de um paciente em risco."

No cerne da questão, disse Rocha, está um cenário em que os sistemas de saúde não são integrados e, muitas vezes, sequer digitalizados.

A plataforma de IA da Munai, apresentou o CEO, propõe a integração de dados de saúde e de prontuários médicos em uma jornada única para fornecer insights e automatizar tarefas, com a geração de algoritmos preditivos e assistentes. Como resultado, ele elencou a identificação precoce de pacientes de risco, otimização de recursos e melhora no índice de erros.

A empresa analisou mais de 15 milhões de prontuários médicos nos últimos anos. Só em 2024, foram mais de 165 mil interações a partir dos algoritmos de IA e mais de 25 mil alertas atendidos.

Outra frente em que a empresa tem investido é na familiarização dos médicos com o prontuário eletrônico. A iniciativa inclui o desenvolvimento de um curso gratuito para médicos sobre inteligência artificial generativa, para que esses profissionais possam aprender conceitos de programação e treinem o uso da IA.

"O grande objetivo é facilitar o trabalho do médico e do enfermeiro, automatizar tarefas que antes eram manuais. A IA não veio para substituir os profissionais de saúde, veio para empoderar", concluiu Rocha

O "Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou? acontece hoje, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

Estadão
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