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Vacina brasileira contra esquistossomose entra em fase final de testes

26 ago 2016 - 13h36
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Uma vacina desenvolvida por cientistas brasileiros contra a esquistossomose, a primeira contra um parasita no mundo, será submetida à fase final de testes em humanos a partir de setembro no Senegal, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.

Trata-se da última fase de testes antes que a vacina, se resultar bem-sucedida em seus testes om humanos, possa ser lançada oficialmente, informou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o maior centro de estudos médicos da América Latina e vinculado ao Ministério da Saúde do Brasil.

A vacina será injetada a partir da segunda quinzena de setembro em pelo menos 350 voluntários no Senegal para ser experimentada em uma área na qual a doença é altamente endêmica.

A fase de testes deverá se estender até o final de 2017, segundo explicaram em entrevista coletiva porta-vozes da Fiocruz, responsável pela inovação.

O Senegal foi escolhido não só por ser um dos países mais afetados pela doença, mas porque conta com as duas espécies do parasita que transmite a esquistossomose.

A vacina, a primeira no mundo não só contra a doença que afeta cerca de 200 milhões de pessoas mas contra um parasita, já que as demais imunizam contra vírus e bactérias, foi testada com sucesso em humanos no Brasil, onde foi verificada tanto sua segurança como sua eficácia.

A esquistossomose é uma doença parasitária transmitida por platelmintos do gênero Schistosoma e tem alta incidência, principalmente em países pobres da África e América Latina.

A pesquisa para o desenvolvimento da vacina até agora conhecida como Sm14, iniciada há 30 anos, foi escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das cinco prioridades com relação ao desenvolvimento de vacinas.

O projeto conta com financiamento da OMS e do laboratório privado Orygen Biotecnologia S.A.

A vacina utiliza como princípio ativo para proteína Sm14, que é considerada vital para os vermes.

A proteína foi isolada e patenteada em 1990 pela médica Miriam Tendler, pesquisadora da Fiocruz e que extraiu do próprio Schistosoma mansoni, o parasita que transmite a doença.

O produto desenvolvido atua como um antígeno, ou seja que estimula ao sistema imunológico do hospedeiro a produzir anticorpos contra o verme.

A esquistossomose é a segunda doença parasitária que mais afeta a humanidade depois da malária e é endêmica em 70 países, segundo a OMS.

EFE   
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