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Vacina contra vício em crack e cocaína receberá R$ 10 milhões de investimento

Projeto é desenvolvido pela UFMG desde 2015, e será financiado pela Fapemig

22 jul 2023 - 12h57
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Foto: Divulgação/UFMG

Uma vacina desenvolvida por pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde (Naves) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pretende proteger as pessoas do vício em crack e em cocaína. O projeto receberá um investimento de R$ 10 milhões, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Desde 2015, os pesquisadores da UFMG têm trabalhado na criação do imunizante, que passou por fases pré-clínicas envolvendo testes em camundongos e primatas, comprovando sua segurança e eficácia. Essa etapa inicial também recebeu apoio financeiro da Fapemig. O próximo passo será iniciar os ensaios clínicos em seres humanos.

Durante o anúncio da verba, o secretário de estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacheretti, afirmou que a reitora da UFMG solicitou apoio e, como resposta, foram disponibilizados os primeiros R$ 10 milhões para impulsionar essa fase promissora de pesquisa da vacina.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também participou do encontro e destacou o papel histórico da UFMG na liderança e desenvolvimento de vacinas, bem como sua contribuição no Sistema Único de Saúde (SUS) e na ciência e tecnologia em geral. Além do investimento na vacina contra crack e cocaína, a ministra anunciou ainda R$ 180 milhões em investimentos para a área de saúde em Minas Gerais.

A vacina em questão é baseada em moléculas modificadas da própria droga. Em testes com animais, ela estimulou o sistema imunológico a produzir anticorpos que se ligaram à droga presente na corrente sanguínea dos animais. Essa ligação aumentou o tamanho das moléculas do entorpecente, impedindo sua passagem pela barreira hematoencefálica, que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central.

Com a droga bloqueada de alcançar o cérebro, os animais não sentiram os efeitos da substância. Os pesquisadores esperam que esse efeito se repita nos testes com seres humanos, reduzindo drasticamente a vontade de consumir crack e cocaína, contribuindo assim para combater o vício e seus efeitos devastadores.

Fonte: Redação Terra
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