Vacina da gripe: só 25% do público-alvo buscou imunização até agora; saiba quem pode tomar
Idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades estão entre os que devem buscar imunização; São Paulo tem Dia D neste sábado
Pouco mais de um mês após o início da campanha de imunização contra a gripe, 17 milhões de doses foram aplicadas nos brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. A vacinação é voltada a grupos específicos, como idosos e profissionais de saúde. No total, cerca de 82 milhões de pessoas fazem parte dessa parcela da população.
O agente causador da gripe é o vírus influenza, cujas cepas (subtipos) costumam mudar de um ano para o outro. Por isso, é importante se proteger dos vírus que estiverem circulando com mais intensidade. A vacina é composta por vírus inativados, portanto, não é capaz de induzir o desenvolvimento da doença.
A gripe pode levar a consequências graves, principalmente na população acima de 60 anos, pois quando envelhecemos, o sistema imune passa por processo natural de enfraquecimento, a imunossenescência. As pessoas com mais de 65 anos representam nove em dez óbitos e 63% das hospitalizações relacionadas à doença.
Nessa parcela da população, a cobertura vacinal ultrapassou 30%. Quase 10 milhões de doses foram aplicadas nesse público. Pessoas com comorbidades também estão no foco da proteção, com aproximadamente 2 milhões de doses aplicadas.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos elegíveis, que contemplam:
- Idosos com 60 anos e mais;
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
- Gestantes e puérperas
- Povos indígenas;
- Trabalhadores da Saúde;
- Professores das escolas públicas e privadas;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente
- Forças de segurança e salvamento;
- Forças armadas;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema prisional;
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
- População privada de liberdade.
Onde tomar?
Em São Paulo, é possível receber o imunizante em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). Neste sábado, 6, Dia D da vacinação, esses postos estão abertos das 8h às 17h. Veja onde tomar a vacina.
Na rede particular, as clínicas de todo o País começam a vacinação no final de março. Diferentemente da rede pública, em que é ofertada a versão trivalente, a rede privada oferece a tetravalente. Ela está disponível para a população acima de 6 meses.
Qual a diferença entre a vacina ofertada na rede pública e na rede privada?
Na rede privada: é composta por quatro sorotipos diferentes de Influenza.
A vacina ofertada é quadrivalente que protege contra duas cepas de Influenza B e duas do Influenza A.
Na rede pública: é composta por três sorotipos diferentes de Influenza.
Os imunizantes utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan e distribuídos para toda a rede pública de saúde.
A composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para 2023, o imunizante é composto por duas cepas da Influenza A e uma cepa da Influenza B.
Se a pessoa estiver resfriada? Há restrições?
Mesmo se a pessoa estiver resfriada, ela pode tomar a vacina.
O ideal é que a pessoa tome a vacina antes das infecções virais começarem a circular, o que já acontece em alguns Estados. A campanha da rede pública foi antecipada na região Norte do País.
O que impede a pessoa de ser vacinada: apresentar alguma alergia a algum componente da vacina ou ter apresentado reação grave em anos anteriores ao receber a imunização.