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'Varizes no útero' causam dor no sexo; veja sintomas e se tem cura

Irregularidade menstrual, dores durante as relações e incontinência urinária são alguns dos sintomas

27 mar 2023 - 15h44
(atualizado às 16h01)
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Cerca de 15 a 30% das mulheres entre 18 e 50 anos de idade sofrem com a doença
Cerca de 15 a 30% das mulheres entre 18 e 50 anos de idade sofrem com a doença
Foto: iStock

Condição pouco conhecida, mas com alta prevalência entre brasileiras, as varizes pélvicas, também buscada como "varizes do útero", têm chamado atenção de ginecologistas e angiologistas. A doença atinge cerca de 15 a 30% das mulheres entre 18 e 50 anos de idade e , diferente das varizes dos membros inferiores, são pouco investigadas.

Marcelo Cavalcante, ginecologista e especialista em Reprodução Assistida, explica que as varizes pélvicas são veias dilatadas e tortuosas na região da pelve, ao redor do útero e dos ovários, que dificultam o retorno venoso (taxa de retorno do sangue para o coração). “

O motivo do aparecimento de varizes pélvicas ainda é pouco conhecido. Fatores genéticos e em decorrência da gravidez parece que são os principais responsáveis por essa condição, também conhecida como síndrome da congestão pélvica”, completa.

Dor na hora do sexo

O sintoma mais comum dessa condição é a dor pélvica crônica, que dura mais de seis meses, e dores durante as relações sexuais. “Sensação de peso em baixo ventre, sangramento intenso durante a menstruação, incontinência urinária e a visualização de vasos sanguíneos nas coxas, nádegas e vagina são outros achados da síndrome da congestão pélvica”, alerta o médico.

Ainda de acordo com o especialista, há relatos de mulheres que passaram a ter dificuldade para engravidar após o tratamento da síndrome, embora a relação entre varizes pélvicas e infertilidade feminina ainda não seja bem clara. 

Tratamento

Deve incluir medidas para melhorar a circulação venosa, além do tratamento medicamentoso, cirúrgico ou endovascular. “O uso de medicações hormonais, analgésicas e que ajudam na circulação venosa podem ser utilizados em casos mais leves. O tratamento cirúrgico ou minimamente invasivo (laparoscopia ou embolização) é recomendado nos casos em que não houve melhora com o tratamento medicamentoso ou em casos mais avançados”, pontua Marcelo Cavalcante.

Tem cura?

O especialista avisa que é difícil falar em cura. O tratamento consegue reduzir os sintomas e as cirurgias procuram remover ou obstruir os espaços que apresentam maior dilatação, o que melhora as queixas da paciente.

Para prevenir, é preciso ficar atenta em quadro de dor pélvica crônica, irregularidade menstrual, dores durante as relações sexuais e pacientes que apresentam varizes em membros inferiores. “Ultrassonografia com doppler fluxometria, ressonância magnética e tomografia são exames de imagem que ajudam na confirmação do diagnóstico”, diz Cavalcante.

Fonte: Redação Terra Você
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