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Veja 10 curiosidades sobre pintas, que podem ser perigosas

5 set 2010 - 18h12
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Algumas pintas podem até ter seu charme, mas nem todas são bem-vindas, porque podem evoluir para câncer de pele. Quer saber como elas surgem, quais são os sinais de risco e quando procurar um médico? Então, confira esses e outros detalhes sobre o assunto, listados pelo cirurgião plástico Fábio Busnardo, responsável pelo Grupo de Cirurgia Plástica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e pelo Serviço de Câncer de Pele da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas, de São Paulo:

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1) As pintas ou nevus são agrupamentos de melanócitos, células presentes na pele com a função de produzir melanina, responsável pelo bronzeamento e proteção contra os efeitos danosos da luz solar. Surgem por características genéticas (por exemplo: pele clara e histórico familiar) ou pela contínua exposição ao sol;

2) As pintas congênitas são chamadas de nevus melanocíticos congênitos. Aproximadamente, uma em cada 100 crianças as tem ao nascer. A maior parte dessas lesões são pequenas (menores que 1 cm de diâmetro) e não trazem problemas;

3) Existem também nevus congênitos de maiores dimensões (acima de 20 cm), que acometem um em 20 mil bebês. Chamados de nevus congênitos gigantes, têm uma probabilidade de 4,5% a 10% de se transformarem em um tumor maligno (melanoma maligno). Independente do tamanho da pinta que é observada pela mãe, é fundamental procurar um especialista para avaliação. Por meio da análise clínica detalhada, o médico indica se a pinta deve ser retirada ou apenas acompanhada;

4) As pintas adquiridas podem surgir nos dois primeiros anos de vida em 2% a 6% das pessoas. Mas a maior parte das lesões aparece entre o fim da infância, adolescência e início da fase adulta;

5) O número de pintas pode variar conforme as características genéticas, a tonalidade da pele e a exposição ao sol. Aqueles com histórico pessoal ou familiar de grande número de pintas (mais de 80), casos de câncer de pele na família e exposição excessiva ao sol devem procurar auxílio médico;

6) Os sinais mais comuns de maior possibilidade de transformação da pinta em câncer de pele são alterações de coloração (variações de tonalidade de marrom, preto, vermelho ou azul), de tamanho (aumento súbito ou contínuo), de forma (presença de bordas irregulares) e de superfície (áreas de elevação súbita ou feridas, além de coceira e dor);

7) As formas de prevenção de câncer de pele são uso de protetor solar com reaplicações frequentes (a cada duas horas e quando sair da água) e evitar horários de maior intensidade de luz ultravioleta (entre 10h e 15h). Quem tem pele clara e se queima com facilidade deve ter mais atenção;

8) Pacientes com manchas ou pintas na pele podem procurar um dermatologista ou um cirurgião plástico especializado. A retirada delas (se necessária) pode ser realizada por qualquer um dos dois profissionais ou por um cirurgião geral;

9) O cirurgião plástico atua principalmente na eliminação de pintas maiores ou em áreas de grande exposição, como face, mãos e membros;

10) Quando uma pinta evolui para um câncer, o tratamento envolve sua retirada com uma margem de segurança (de 1 a 2 cm). Isso pode gerar uma cicatriz desagradável ou mesmo impossibilitar a cicatrização normal da pele. Por meio de técnicas de reconstrução, o cirurgião plástico está habilitado a reparar a área da retirada do tumor com o restabelecimento da forma e da função local.

Fonte: Especial para Terra
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