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Veja como proteger as crianças de doenças na volta às aulas

Além da vacinação, alguns hábitos são importantes para manter a saúde dos pequenos no retorno à escola

22 jan 2025 - 18h01
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O início do ano é um período propício para a disseminação de viroses. Segundo o estudo da Rede Global de Vigilância da Diarreia Pediátrica, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o rotavírus provoca mais de 200 mil óbitos anualmente. O norovírus, por sua vez, principal causador do recente surto de virose no litoral brasileiro, acomete cerca de 20 milhões de pessoas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.

Com hábitos saudáveis é possível garantir a saúde das crianças
Com hábitos saudáveis é possível garantir a saúde das crianças
Foto: ViDI Studio | Shutterstock / Portal EdiCase

Esses dados mostram a gravidade e a alta disseminação de duas das principais viroses que podem ser causadas por motivos diversos. Com a volta às aulas, o cuidado deve ser redobrado com as crianças, que são mais suscetíveis às doenças, conforme explica o profissional da área de Pediatria do AmorSaúde, Dr. Luiz Felipe Almeida Maciel. "Os fatores de risco podem ser aglomeração de crianças, falta de higiene, sistema imunológico em desenvolvimento e as mudanças climáticas", enumera.

Principais viroses e seus sintomas

Além do norovírus e rotavírus, causadores de sintomas como vômitos, diarreias e febre, existem outros tipos de vírus que se manifestam de maneiras diferentes. Por isso, é essencial que pais e responsáveis estejam atentos às crianças. Segundo o Dr. Luiz Felipe Almeida Maciel, as viroses mais comuns e seus respectivos sintomas podem ser:

  • Gripe (influenza): febre, tosse, espirros e dor de garganta;
  • Resfriado comum: coriza, tosse, espirros e dor de garganta;
  • Mononucleose (doença do beijo): febre, dor de garganta e fadiga;
  • Catapora (varicela): erupções cutâneas, febre e dor de cabeça;
  • Sarampo: febre, erupções cutâneas e dor de garganta;
  • Rubéola: febre, erupções cutâneas e dor de garganta;
  • Adenovirose: conjuntivite, dor de garganta e febre;
  • Rotavírus: diarreia, vômito e febre;
  • Norovírus: diarreia, vômito e febre.

Prevenindo as viroses

O Dr. Luiz Felipe Almeida Maciel pontua que a prevenção das viroses deve ser feita de modos variados, o que é importante para evitar infecções durante o período de aulas. Dessa forma, o médico reitera a importância de pais e responsáveis garantirem a vacinação atualizada, mas também incentivar os pequenos a cuidarem da higiene pessoal, a lavar as mãos antes das refeições, usar máscaras e não compartilhar objetos pessoais. 

Além disso, alimentação equilibrada e sono adequado também são indispensáveis para a manutenção do sistema imunológico. Outro importante fator de prevenção, segundo o Dr. Luiz Felipe Almeida Maciel, é a ventilação dos ambientes. Tanto em casa como na escola, manter os locais de convivência das crianças com circulação de ar é fundamental para reduzir o risco de contágios e surtos de viroses.

Ter uma rotina de alimentação equilibrada e sono regulado promove a saúde e o bem-estar das crianças
Ter uma rotina de alimentação equilibrada e sono regulado promove a saúde e o bem-estar das crianças
Foto: Oksana Kuzmina | Shutterstock / Portal EdiCase

Hábitos que fortalecem o sistema imunológico

Como já observado, duas condições que influenciam no sistema imunológico são a qualidade da alimentação e do sono. Quando inadequados, podem enfraquecer o organismo e deixar o indivíduo mais suscetível a doenças. Assim, o fortalecimento da imunidade na infância necessita de determinados hábitos, que podem ser incentivados tanto em casa quanto na escola. 

"Alimentação equilibrada, com frutas, legumes, proteínas, cereais integrais e laticínios; água suficiente ao longo do dia; de oito a 12 horas de sono por dia, conforme a idade; em média, uma hora de brincadeiras e atividade física diária; e lavar as mãos antes de comer e após usar o banheiro", detalha o Dr. Luiz Felipe Almeida Maciel.

Ele ainda salienta que o papel da alimentação equilibrada é garantir o desenvolvimento das células imunológicas, mantendo-as saudáveis, o que também pode reduzir os riscos de doenças infecciosas e crônicas e de alergias. 

Já em relação ao sono, a sua manutenção adequada tem inúmeros benefícios que interferem diretamente na saúde do corpo. "Ele ajuda a regular a produção de citocinas, proteínas que combatem infecções e também é essencial para a produção de anticorpos, que ajudam a combater doenças. Além disso, o sono influencia o desenvolvimento e a maturação de células imunológicas, como linfócitos e neutrófilos, ajuda a reduzir o estresse, que pode comprometer o sistema imunológico, e pode melhorar a resposta a vacinas", elenca o médico.

Higienização dos objetos escolares

Durante a volta às aulas, é imprescindível que os pais mantenham uma correta higienização dos itens escolares das crianças. Mochilas, lancheiras e garrafas, por exemplo, são facilmente contaminadas e, por isso, necessitam de limpeza regular. Um dos pontos que o médico chama atenção é para o uso de luvas e para a secagem adequada dos objetos, evitando mofo.

A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para reduzir o contágio de doenças
A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para reduzir o contágio de doenças
Foto: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock / Portal EdiCase

Importância da vacinação 

Sendo uma das estratégias mais eficazes para reduzir o contágio de doenças infecciosas, a vacinação é um pilar importante para a saúde individual e coletiva da população. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, a cobertura contempla 19 vacinas, desde os primeiros anos de vida. Doenças como rubéola, gripe, sarampo e COVID-19 são abarcadas no calendário vacinal e sua atualização tem inúmeros benefícios para todos, incluindo as crianças. 

"Manter o calendário de vacinação em dia antes da volta às aulas é muito importante para proteção individual, coletiva e de pessoas vulneráveis (imunocomprometidos, idosos etc.), prevenir doenças infectocontagiosas e doenças potencialmente fatais, reduzir risco de complicações graves, evitar surtos epidemiológicos e diminuir a propagação de doenças", aponta o profissional do AmorSaúde.

Fique atento aos sintomas

Segundo o Dr. Luiz Felipe Almeida Maciel, ao perceber sintomas como espirros, febre, dor de garganta ou náuseas, é necessário que a criança fique em casa. "Se ela apresentar sinais de gripe ou outras doenças no início das aulas, é importante tomar medidas para evitar a propagação da doença e garantir a saúde da criança e de outras pessoas", alerta.

Por fim, o médico ressalta que se deve procurar atendimento profissional para o devido tratamento e orientação. "Lembre-se de que cada caso é único", finaliza. 

Por Nayara Campos 

Portal EdiCase
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