Vejas os sintomas e os tratamentos para a psoríase
Médica explica como alguns hábitos são importantes para prevenir o agravamento da doença
A psoríase, uma condição autoimune crônica, é definida pelo surgimento de lesões descamativas e avermelhadas na pele. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é uma doença crônica que afeta entre 1% e 3% da população mundial, cerca de 125 milhões de pessoas.
É uma doença inflamatória crônica e recorrente, cuja predisposição ao seu desenvolvimento tem caráter hereditário. "A causa exata é desconhecida, mas está relacionada à genética e histórico familiar. Fisiologicamente, o que ocorre é um processo inflamatório na epiderme, que reage acelerando a proliferação das suas células, o que leva à formação de lesões", explica a Dra. Carla Presti, dermatologista e gerente médica da Mantecorp Skincare (marca de cosméticos).
A especialista também ressalta que, apesar dos mitos, a doença não é contagiosa. "Podemos não saber a causa exata, mas temos uma certeza: não é contagiosa. Não é possível ser infectado pelo toque de uma pessoa ou ao compartilhar objetos com alguém que apresenta a condição", afirma.
Sintomas da psoríase
Geralmente, os sinais e sintomas da psoríase são placas vermelhas com escamas secas e esbranquiçadas, pele ressecada que pode acompanhar sangramento, dor, sensação de queimação e coceira. "É importante ressaltar que os sinais e sintomas podem ser cíclicos, ou seja, podem aparecer em uma época e desaparecer em outro momento. Em alguns pacientes, o estado emocional também contribui para que as lesões surjam", explica a médica.
Tratamentos para a psoríase
O tratamento da psoríase varia conforme o nível da doença. "Quando o tratamento é eficiente, é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões", explica a dermatologista. Nos casos mais leves, hidratar a pele e aplicar medicamentos tópicos é o recomendado para o desaparecimento dos sintomas.
Quando essas primeiras medidas não funcionam, a sugestão é a fototerapia, um método com exposição à luz ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B de banda estreita (NB-UVB) em cabines. Para os casos mais graves e extensos, temos medicações orais, os chamados imunossupressores e, mais recentemente, os medicamentos imunobiológicos.
Formas de prevenção
Apesar de não ter uma causa conhecida, a Dra. Carla Presti explica que adotar um estilo de vida saudável é importante para prevenir a psoríase e auxiliar no tratamento da doença. "Quem tem histórico familiar ou já possui a doença deve ter atenção redobrada e evitar hábitos que fazem mal para saúde, como consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo, má alimentação, estresse, entre outros", finaliza a dermatologista.
Por Fernanda Duran