Viih Tube perdeu 10 kg no pós-parto; como emagrecer após gestação?
Segundo influenciadora, ainda faltam 14 kg para voltar ao peso de antes da gestação
Menos de um mês depois do nascimento de Lua, Viih Tube compartilhou com os seguidores um vídeo mostrando o próprio corpo. De acordo com a influenciadora, que já perdeu 10 quilos desde o parto, o processo de emagrecimento foi natural, sem fazer esforços, apenas se alimentando com comidas saudáveis e se readaptando à rotina.
"Zero pretensão de voltar ao peso que eu tinha. Porque se eu começar a me cobrar com isso, eu vou ficar louca. Eu tenho que trabalhar, cuidar da minha filha, cuidar da casa, imagina ainda ficar com isso na cabeça", disse a influencer no vídeo, reforçando a importância de fazer essa readaptação de maneira correta, sem dietas ultra restritivas.
Ainda é necessário perder outros 14 kg para que Viih Tube volte ao peso de antes da gestação. Esse ganho de peso, especialistas explicam, é normal, já que uma maneira doo organismo se preparar para receber o bebê.
A enfermeira obstetra Karina Souza pontua que, normalmente, a mãe engorda entre 11 e 15 quilos ao longo dos 9 meses de gestação. A distribuição se dá da seguinte maneira: 2,5 quilos de aumento no volume de sangue e do útero; 1,5 kg por causa da placenta e líquido aminoático, 3,5 em média por conta do bebê, 2 quilos por conta de líquido retido e mais ou menos mais 4 kg de gorduras distribuídos pelo corpo.
Como funciona a perda de peso no pós-parto
Segundo Karina, depois que a criança nasce, grande parte dos quilos adquiridos durante a gestação são eliminados pelo corpo. “Em média, a mulher perde 2 kg de líquido retido e 4,5 kg de gordura", diz.
Ainda assim, muitas mulheres se queixam que não conseguem perder esses quilos depois do nascimento do filho e, pelo contrário, engordam ainda mais. "Isso se deve a uma série de fatores, tais como mudanças hormonais no pós-parto que afetam o metabolismo e o apetite, fazendo que o organismo fique propício para armazenar mais gordura, um ritmo menor de atividades físicas, privação de sono, que afeta negativamente o metabolismo; além do estresse, que pode levar ao ganho de peso por conta do cortisol, hormônio que afeta o apetite e o metabolismo", esclarece Karina.
O nutricionista Felipe França reforça que cada caso tem sua peculiaridade para o retorno ao peso de antes da gestação. Fatores como diabetes gestacional, problemas na tireoide, anemia e sangramento devem ser levados em consideração na hora de montar uma dieta para a paciente.
"É importante avaliar perfis necessários de vitaminas e minerais, além do quantitativo de proteínas que são essenciais para a construção de músculos e para o processo de reparação e recuperação do corpo. Além disso, as proteínas ajudam a manter a saciedade, reduzindo a ingestão de calorias. Nesse raciocínio as fibras também têm um efeito positivo para o retorno do corpo antes da gestação, já que também trazem saciedade", salienta o nutricionista.
Como a amamentação afeta a perda de peso
Depois do nascimento do bebê, muitos hormônios liberados durante a amamentação contribuem para aumentar o metabolismo e ainda, com diferentes nutrientes, auxiliam na queima de gordura. "A amamentação é uma forma natural de ajudar as mulheres a perderem peso após a gravidez", pontua Felipe.
"Estudos também sugerem que a prolactina pode ter um papel no metabolismo e no controle do peso corporal, pois este hormônio parece afetar a atividade de algumas enzimas que estão envolvidas no metabolismo de gordura e glicose, além de ajudar a controlar o apetite e a saciedade", adiciona o nutricionista.
Inclusive, a amamentação aumenta a sensibilidade à insulina no corpo, o que significa que as células são capazes de absorver a glicose (açúcar no sangue) de forma mais eficaz. Isso ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis e evita o acúmulo de gordura corporal. "Existem estimativas de que a amamentação queima entre 300 e 500 calorias por dia", revela a enfermeira Karina Souza.
Cuidados com o bebê
Como bem pontuado por Viih Tube, a principal preocupação de uma mãe deve ser com a saúde do seu filho. Karina reforça que a restrição de nutrientes na gestação pode prejudicar o desenvolvimento do feto, aumentar o risco de problemas congênitos e de parto prematuro, colocando a criança em risco de complicações médicas, incluindo problemas respiratórios, infecções e hemorragias.
"Depois do nascimento e até o 6º mês de vida o aconselhável é que o bebê se alimente com o leite materno", afirma a enfermeira. Um dos fatores responsáveis por fazer a mulher produzir esse leite é a ingestão de nutrientes. "Se há uma restrição muito grande de alimentos, o corpo e organismo da mãe não conseguem ter energia o suficiente para produzir o alimento. A falta de nutrientes pode, inclusive, fazer com que ela não tenha energia suficiente nem para cuidar do bebê, nem para realizar as outras tarefas ao longo do dia".