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Zika reduz fertilidade e testosterona em ratos, aponta estudo

31 out 2016 - 18h32
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O vírus da zika reduz a capacidade de reprodução dos ratos machos e debilita seus níveis de testosterona, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista "Nature".

As pesquisas sobre a zika focaram, até agora, nos efeitos do vírus em mulheres grávidas e sua relação com severas más-formações em recém-nascidos, apesar de um novo trabalho da Escola de Medicina Universitária de Washington alertar que a doença pode apresentar consequências para os homens.

O estudo indica que o vírus ataca o sistema reprodutivo masculino e reduz o tamanho dos testículos dos ratos três semanas após terem sido infectados.

Os níveis dos hormônios relacionados com a sexualidade caem e sua capacidade de reprodução fica limitada, segundo descobriu um grupo de pesquisadores liderado por Michael Diamond.

Os autores do trabalho destacam, no entanto, que são necessários estudos mais amplos sobre esses possíveis efeitos em humanos antes de estabelecer uma relação entre a zika e problemas de fertilidade nos homens.

Os cientistas já sabem que o vírus persiste no sêmen durante meses, por isso que diversas autoridades de saúde recomendam que os homens que tiverem viajado para regiões afetadas pelo vírus utilizem preservativos caso tenham relações sexuais ao longo dos seis meses seguintes.

"Nosso estudo foi feito com ratos, por isso ainda não sabemos se a zika tem o mesmo efeito nos homens. O resultado sugere, no entanto, que poderiam sofrer uma redução de sua testosterona e da qualidade do esperma se forem infectados, o que pode afetar sua fertilidade", afirmou Diamond em comunicado da universidade.

Três semanas após terem sido infectados pelo vírus, os testículos dos ratos diminuíram dez vezes em relação ao tamanho habitual e sua estrutura interna "tinha ficado completamente destruída", afirma o trabalho.

"Não sabemos ainda com segurança se esse dano é irreversível, mas parece, porque as células que mantêm em seu lugar essa estrutura interna ficam infectadas e destruídas", afirmou o presquisador, professor de imunologia e microbiologia molecular.

A estrutura dos testículos fica sobre um tipo de células chamadas Sertoli, que mantêm uma barreira para conter a corrente sanguínea e permitem o desenvolvimento de incipientes células de esperma. A zika infecta e acaba com essas células Sertoli, que não têm a capacidade de se regenerar.

"É o único vírus conhecido que possa causar esse tipo de sintoma severo de infertilidade. Há poucos micróbios que possam atravessar a barreira que separa os testículos da corrente sanguínea para infectá-los diretamente", explicou Kelle Molley, especialista em fertilidade da universidade americana.

EFE   
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