Se a questão é se os celulares estão relacionados com o câncer, a ciência tem a resposta definitiva
Depois de mais de uma década após a controversa inclusão dos celulares no catálogo da IARC, a situação mudou
Em 31 de maio de 2011, um comunicado de imprensa causou um terremoto na indústria tecnológica e na sociedade em geral. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) decidiu classificar a radiação emitida pelos celulares como "possivelmente cancerígena para os seres humanos".
Demorou apenas um dia para que as principais organizações de oncologia do mundo declarassem que a IARC se precipitou. Mas foram necessários 13 anos para que um estudo, o mais complexo realizado até a data, esclarecesse totalmente a questão.
Por que a IARC tomou essa decisão?
Como explicou Alberto Nájera e Jesús González para o The Conversation, a decisão não foi tomada com ânimo leve. Na verdade, em 2011 houve alguns estudos que "mostraram algumas associações entre o uso de telefones celulares e certos tipos de câncer cerebral, como glioma e neuroma acústico". O problema é que foram pesquisas de baixa qualidade e inconclusivas.
A IARC disse isso, mas problemas de comunicação acabaram se acumulando e a decisão acabou consolidando a "crença coletiva de que telefones celulares e antenas causam câncer".
Em busca das evidências
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