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SeaCURE: Entenda como Reino Unido está estudando para tirar o gás carbônico do mar

Estudos apontam que emitimos cerca de 40 bilhões de toneladas de CO₂ todos os anos, e a maior parte se acumula nos oceanos, impactando o ecossistema

25 abr 2025 - 13h50
(atualizado às 13h52)
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O dióxido de carbono é um dos principais gases de efeito estufa responsáveis por causar o aquecimento global. De acordo com pesquisadores, emitimos cerca de 40 bilhões de toneladas de CO₂ na atmosfera todos os anos. No entanto, grande parte desse poluente se acumula nos oceanos, alterando a sua química e afetando o ecossistema marinho. Como solução, um programa do Reino Unido pretende retirar o gás carbônico dos mares.

Extração de gás carbônico

A fim de combater as mudanças climáticas, diversos estudiosos defendem a redução da emissão de gases. Outros especialistas, contudo, acreditam que esse método somente não irá reverter os danos causados nos oceanos, como a acidificação. "Se apertasse um botão mágico e parasse de emitir CO2, o pH do mar não voltaria ao que era antes. O que é possível ser feito, se conseguirmos zerar as emissões líquidas o mais rápido possível, até 2030 de preferência, é a estabilização", explicou a especialista em Oceanografia Física, Letícia Cotrim, ao portal 'Insight Bioma'.

Levantamentos apontam que emitimos cerca de 40 bilhões de toneladas de gás carbônico todos os anos, e a maior parte se acumula nos oceanos
Levantamentos apontam que emitimos cerca de 40 bilhões de toneladas de gás carbônico todos os anos, e a maior parte se acumula nos oceanos
Foto: Pexels/kien virak / Bons Fluidos

Assim, com o objetivo de garantir esse cenário e, possivelmente melhores resultados, o governo britânico financiou o programa piloto SeaCURE. Esse projeto pretende coletar a água, extrair o gás carbônico e bombeá-la de volta para o mar. Em entrevista à 'BBC', o professor Tom Bell explicou que o processo se inicia com o tratamento do líquido para torná-lo mais ácido, o que garante que o dióxido de carbono se separe dele e passe para a atmosfera.

"Quando você abre um refrigerante, e ele espuma, é o CO2 que está saindo. O que estamos fazendo é espalhar a água do mar por uma grande superfície. É como derramar uma bebida no chão, e permitir que o CO2 saia do mar muito rapidamente", detalhou. Em seguida, contribuindo para o meio ambiente, o gás liberado se concentra em cascas de coco carbonizadas, que serão armazenadas. Além disso, antes de a água retornar ao oceano, ela recebe a adição de álcali, que neutraliza o ácido.

Eficiência e desafios

Atualmente, o programa está removendo, no máximo, 100 toneladas métricas de dióxido de carbono por ano, o que é considerada uma quantidade pequena. Entretanto, de acordo com os cientistas, uma expansão poderia fazer esse número aumentar para 14 bilhões. O único empecilho é o excesso de energia utilizada nesse processo. Eles ressaltam, contudo, que, com painéis solares de instalação flutuante no mar, seria possível limpar até 1% dos oceanos.

"Projetos inovadores como o SeaCURE, da Universidade de Exeter, desempenham um papel importante na criação das tecnologias verdes necessárias para que isso aconteça, ao mesmo tempo em que apoiam a geração de empregos qualificados e impulsionam o crescimento", afirmou o ministro de Energia do país, Kerry McCarthy.

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