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Segundo mandato de Trump é uma ameaça aos direitos das mulheres?

6 nov 2024 - 16h31
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Nesta última terça-feira, 5, saiu o resultado das eleições de Presidente da República nos Estados Unidos. Porém, sua vitória levanta algumas questões de: como e onde ao redor do mundo impactos de sua falas farão será sentido.

Presidente Donald Trump Reprodução/GettyImages
Presidente Donald Trump Reprodução/GettyImages
Foto: Manequim
Isso tudo, porque em um comício em Wisconsin, no dia 30 de outubro. Donald Trump afirmou que assessores lhe disseram para parar de declarar que iria "proteger as mulheres", pois consideraram essa frase "inapropriada". No entanto, ele insistiu:
"Vou fazer isso, gostem as mulheres ou não, vou protegê-las".
Em seu discurso, Trump criticou o governo Biden-Harris e as políticas de imigração. Segundo ele, "importaram criminosos" que ameaçam a segurança de "nossas mulheres e meninas".

Na manhã seguinte, a vice-presidente Kamala Harris respondeu aos comentários de Trump, considerando-os ofensivos à autonomia das mulheres.

"Esses comentários revelam a forma como ele enxerga as mulheres e sua capacidade de decidir sobre suas próprias vidas", afirmou.

Aborto 

Assim, Trump foi eleito para um segundo mandato como presidente dos EUA. Reacendendo debates sobre o impacto global de suas políticas nos direitos das mulheres.

Entre as preocupações está a possível expansão da "regra da mordaça global". Ela que proíbe organizações estrangeiras financiadas pelos EUA de usarem seus recursos para serviços relacionados ao aborto. Revogada pela administração Biden, essa medida afeta diretamente o acesso a direitos reprodutivos em países em desenvolvimento.

Na eleição, os direitos ao aborto foram um tema central. Estados como Missouri votaram pela restauração desses direitos, enquanto em outros, como Flórida, uma emenda para garantir o direito ao aborto falhou, precisando de uma maioria de 60% para aprovação. O presidente levanta novas questões sobre como essas políticas podem influenciar o cenário global de direitos reprodutivos.

Outros impactos 

Além disso, Trump prometeu revogar leis federais que protegem pessoas LGBTQIA+ e enfraquecer a legislação contra a discriminação racial e de gênero. Sua postura em relação à imigração e segurança pública marcou por declarações polêmicas, e ele sugeriu o uso de políticas rígidas para deportação e controle fronteiriço.

Globalmente, há receio de que essa segunda presidência de Trump intensifique conflitos e afete mulheres em zonas de guerra, como o Oriente Médio e o Afeganistão, onde mulheres enfrentam dificuldades sob regimes conservadores.

Analistas e ativistas, como Tiara Sahar Ataii, temem que a postura de Trump intensifique desigualdades, especialmente onde sanções econômicas e políticas de austeridade pioram a situação de mulheres e meninas.

A possível extensão de políticas conservadoras, combinada com a retórica de Trump sobre segurança e imigração, sugere que os impactos de seu segundo mandato podem reverberar mundialmente, especialmente entre as mulheres em contextos vulneráveis.

Manequim
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