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Setembro Amarelo: como se livrar dos pensamentos negativos?

Ideias destrutivas e ruminações podem sinalizar dificuldades no campo da saúde mental

10 set 2024 - 09h02
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Não tenha vergonha de falar sobre seus pensamentos ou emoções
Não tenha vergonha de falar sobre seus pensamentos ou emoções
Foto: iStock / Jairo Bouer

Você não consegue se livrar de certos pensamentos negativos? Essas ideias destrutivas e ruminações podem sinalizar algum tipo de dificuldade no campo da saúde mental. E, acredite: por mais que pareça difícil, é possível virar o jogo. 

Muitas pessoas que estão deprimidas contam ter pensamentos ruins, que não saem da cabeça e que, quase sempre, têm um caráter pessimista.

Além disso, quando a pessoa tem um transtorno de ansiedade, ou seja, sente-se ansiosa em excesso, isso também pode fazer ela enfrentar pensamentos negativos e a sensação de ser julgada, que prejudicam a sua saúde mental.

Se você ou alguém que você conhece sofre com esses pensamentos negativos o tempo inteiro, vale investigar junto a um profissional de saúde mental - terapeuta, psicólogo ou psiquiatra - se não é um caso de depressão ou ansiedade. 

Depressão não é frescura 

É fundamental que todo mundo tenha conhecimento sobre a depressão e outros transtornos emocionais. Mesmo quando não causam incapacidade ou mortes, esses quadros podem prejudicar muito a qualidade de vida. 

Conheça os principais sintomas associados à depressão:

  • Sensação de tristeza prolongada ou de vazio, como se a vida perdesse suas cores;
  • Falta de interesse generalizada, até nas atividades que geravam prazer e no sexo;
  • Agressividade ou mau humor crônico;
  • Baixa autoestima, sensação de ser um peso para os outros ou sentimento de culpa;
  • Pessimismo, sensação de que não há solução para o mundo ou para os problemas;
  • Falta de energia, cansaço excessivo, perda de concentração e memória, falta de iniciativa;
  • Agitação ou lentificação psicomotora (movimentos e pensamentos ficam mais lentos);
  • Insônia ou sonolência excessiva;
  • Falta ou excesso de apetite;
  • Mal-estar físico, como dores, fraqueza ou sintomas digestivos;
  • Pensamentos sobre morte ou ideias de suicídio.

Os manuais de diagnóstico sugerem que esses sintomas devam estar presentes na maior parte do tempo por no mínimo duas semanas. Claro que uma pessoa de luto pode passar mais tempo com o humor deprimido, mas se os sintomas não melhoram depois de algum tempo, é provável que a depressão tenha se instalado.

O primeiro passo para vencer a situação é falar com alguém da sua confiança, como um amigo, parente, um grupo de auxílio mútuo ou um profissional de saúde. Mesmo que você não tenha depressão ou ansiedade, procure colocar para fora o que você está sentindo. 

Onde buscar ajuda

Existem alguns serviços muito bacanas com os quais você pode contar caso precise de ajuda. Um deles é o CVV (Centro de Valorização à Vida), que você pode acessar ligando no 188 ou pelo site (cvv.org.br). Inclusive há um chat que pode ser usado para se conectar com alguém.

Outro site que oferece esse tipo de serviço é o Mapa da Saúde Mental ( mapasaudemental.com.br), com várias opções de auxílio. 
Se você é adolescente ou jovem adulto, também pode buscar ajuda no site podefalar.org.br, da Unicef. 
Você também pode buscar auxílio profissional dos CAPS, nas Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde), ou no setor de psiquiatria dos hospitais. Se você suspeitar de uma emergência, não hesite: ligue para o SAMU (192), ou procure um serviço de emergência (em pronto-socorros, hospitais ou numa UPA 24H).
Jairo Bouer
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