Sinusite: quando o problema precisa de internação?
Otorrinolaringologista explica os diferentes casos de sinusite, os possíveis tratamentos e quando a inflamação acaba em internação
Em maio deste ano, após passar mais de um mês internada para tratar um quadro de pansinusite, estágio crônico da sinusite que inflama todos os seios paranasais da face, a ex-ginasta Daniele Hypolito recebeu alta do hospital. Mas, quais são os agravantes da sinusite e quando o problema precisa de internação?
Quem responde a essas perguntas é o médico otorrinolaringologista Dr. Ricardo Dolci, da Clínica Dolci em São Paulo e professor da Santa Casa de Misericórdia de SP que, em entrevista à Viva Saúde Digital, explica os principais sintomas da doença.
"Os sintomas são muito parecidos com os da rinite alérgica. O quadro de sinusite pode dar obstrução nasal, sensação de peso na cabeça (cefaleia em peso), secreção saindo pelo nariz (rinorreia), perda de olfato e paladar (mais difícil e menos comum), febre (mais comum em paciente jovem, abaixo de 12 anos)".
Quando a sinusite precisa de internação?
O Dr. explica que, geralmente, a sinusite é viral, quando os sintomas duram cerca de 5 dias, com a ajuda de remédios sintomáticos. Porém, a partir do 5º dia de sintoma, pode evoluir para a sinusite bacteriana, quando médicos não entram com antibiótico.
Mas, e a pansinusite, diagnosticada em Daniele Hypolito? O especialista explica: "Na região da face, há diversos seios, cavidades ocas que precisam ter ar dentro delas para deixar a cabeça mais leve. Quando juntam secreções nessas regiões, sentimos a cabeça mais pesada. Quando há o acometimento de um seio da face, concluímos que o paciente está com sinusite. Mas, quando pega todos os seios da face, há o diagnóstico da pansinusite".
O Dr. Ricardo esclarece que o tratamento é clínico, normalmente com medicação via oral e em casa. Há o caso de internação quando tem a complicação dos sintomas estendidos.
"Quando há complicações, o paciente vai precisar de internação, com antibiótico na veia, exames de imagem, como ressonância magnética para entender se vai precisar internar de fato ou não", completa.