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Skincare infantil: especialista alerta para os perigos à pele

Trend nas redes sociais incentiva meninas e adolescentes a usarem produtos para pele de forma inadequada

17 mai 2024 - 16h15
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Por natureza, as crianças reproduzem o que veem. Com os estímulos das redes sociais, isso se torna ainda mais palpável e perigoso. Meninas de 9 a 13 anos reproduzem, sem muito conhecimento, a trend de skincare infantil, feita por influenciadores da mesma faixa etária sobre os cuidados com a pele. São citados ácidos, séruns, retinol, cremes, entre outros produtos. Mas, até que ponto esse excesso de cuidado pode se tornar prejudicial?

Skincare infantil traz riscos à saúde da pele das crianças
Skincare infantil traz riscos à saúde da pele das crianças
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Dados recentes apontados pelo portal Statista indicam que o mercado de cosméticos para a pele de crianças e bebês deverá alcançar a casa do bilhão de dólares até 2028, apresentando uma taxa de crescimento anual de 7,71%, chegando a atingir 160,7 milhões de pessoas. Ou seja, o público pré-adolescente deve ser o novo alvo das marcas de cosméticos e produtos de cuidado com a pele.

A desinformação é a palavra-chave definida pela dermatologista Paula Colpas quando se trata da questão do skincare infantil. De acordo com a consultora da TheraSkin, "a pele da criança antes da adolescência é mais sensível e mais fina. A ação das glândulas sebáceas que protegem a pele é reduzida até os 12 anos, o que deixa a cútis mais suscetível às substâncias químicas". 

Utilização de produtos agressivos

A médica também conta que o cuidado em excesso com a pele e o uso de produtos inadequados para idade podem causar diversos danos. "Os efeitos colaterais podem vir em dermatites de contato, alergias, irritações, surgimento de acne e até mesmo intolerância solar". Além disso, Colpas também conta que "o aumento da oleosidade é típico nesta idade por conta da puberdade, e, muitas vezes, não há a necessidade do uso de tantos produtos".  

O uso de retinol, um ativo antienvelhecimento, e de alfa-hidroxiácidos pelas crianças e pré-adolescentes são frutos da desinformação causada pelas redes sociais. "Por se orientarem através da internet e não se consultarem com um dermatologista, os jovens acabam usando produtos voltados para adultos e pessoas mais velhas de forma inadequada", aponta a especialista.

Mas então, quais cuidados com a pele devem ser feitos para as crianças e pré-adolescentes? Paula explica que a "limpeza, hidratação e protetor solar, sempre feitos com produtos suaves e adequados para cada faixa etária. A única exceção é o caso de a criança apresentar alguma doença de pele, como dermatite ou alergias. Em qualquer caso, sempre é indicada a consulta com um dermatologista", finaliza. 

Alto Astral
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