Soft e Hard skills: elas são mesmo fundamentais?

Muitos acham que não, mas ambas são o equilíbrio essencial no mercado de trabalho

No dinâmico mercado de trabalho atual, as habilidades que um profissional possui podem ser classificadas em duas grandes categorias: soft skills e hard skills. Para entender, de uma vez por todas o que são cada uma delas e a importância para o mercado de trabalho, a Malu contou com a ajuda de Thais Requito, especialista em mindfulness e produtividade sustentável, com mais de 15 anos de experiência corporativa (incluindo oito anos na Microsoft).

O que são soft e hard skills e quais são as diferenças

"As soft skills são as habilidades humanas, interpessoais e sociais, como empatia, comunicação e tudo que envolve inteligência emocional. Elas abrangem aspectos como resiliência, autoconsciência, curiosidade e capacidade de gestão pessoal. Por outro lado, as hard skills são as competências técnicas, que envolvem conhecimentos sobre sistemas, ferramentas ou idiomas", explica Thais.

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A forma de adquirir e avaliar esses dois tipos de habilidades é o que os diferencia. "As pessoas aprendem hard skills por meio de cursos, livros e treinamentos estruturados, enquanto desenvolvem soft skills na prática, através da interação com outras pessoas e da experiência do dia a dia", explica Thais. Isso também influencia a maneira de medir essas habilidades. As provas e exercícios práticos permitem testar as hard skills, enquanto a observação e a percepção do comportamento do profissional em diferentes situações ajudam a identificar as soft skills.

Por que elas são tão importantes?

A evolução do mercado de trabalho trouxe mudanças significativas na valorização dessas habilidades. Se antes o conhecimento técnico era o maior diferencial, hoje as empresas têm priorizado o desenvolvimento das habilidades interpessoais, comportamentais e sociais. "Isso acontece porque o mundo está mudando em ritmo acelerado, e profissionais com habilidades como resiliência, empatia e comunicação eficaz conseguem se adaptar melhor e desempenhar suas funções de maneira mais eficiente."

Ter soft skills bem desenvolvidas torna um profissional valioso em qualquer contexto. "Seja arquiteta, médica, atendente de padaria ou especialista em atendimento ao cliente, habilidades como empatia, pensamento crítico e flexibilidade são essenciais para lidar com desafios e interagir com pessoas", reforça a especialista. Enquanto isso, as hard skills, embora igualmente importantes, são mais específicas e aplicáveis a determinadas funções. "O conhecimento técnico de arquitetura, por exemplo, não pode ser facilmente transferido para outras profissões, ao contrário das habilidades comportamentais", explica Thais.

São extremamente úteis

As empresas valorizam um conjunto equilibrado de ambas as categorias. Entre as soft skills mais demandadas estão resiliência, capacidade de liderança, comunicação eficaz, pensamento crítico e empatia. Já as hard skills incluem conhecimentos de idiomas, domínio de softwares e ferramentas específicas, como Excel e plataformas de análise de dados, bem como habilidades técnicas voltadas às novas tecnologias, como inteligência artificial.

Você precisa?

Para identificar quais habilidades precisam ser desenvolvidas, é necessário um processo de autoavaliação. "Analisar sua posição atual na carreira e compará-la com outros profissionais, buscar feedbacks, participar de mentorias e se envolver em projetos novos pode ajudar nesse processo", sugere Thais.

Outra estratégia é acompanhar as tendências do mercado, observando quais habilidades serão demandadas no futuro. Isso permite que o profissional se antecipe às mudanças e busque qualificações relevantes por meio de cursos, leituras e experiências práticas. "Essas habilidades ajudam a promover equipes mais saudáveis, aumentam a produtividade de forma equilibrada e criam um ambiente de trabalho seguro e eficiente", conclui Thais. Assim, investir no desenvolvimento de ambas é um diferencial competitivo que pode abrir novas oportunidades e impulsionar carreiras.