Susana Ribeiro: maturidade na vida e no palco!
Susana Ribeiro comemora papel em Senna e reflete sobre o etarismo no audiovisual
A minissérie Senna chega para o público, exclusivamente na Netflix, em 29 de outubro, mas Susana Ribeiro já é conhecida de todos nós. A premiada atriz, autora e diretora iniciou a carreira em 1987, e desde então brilha em diversos projetos entre TV, Cinema, teatro e agora streaming.
Na futura minissérie, ela será Zaza, a mãe de Ayrton, que exerceu um grande papel em sua vida. Susana descreve toda a execução do projeto como 'muito especial' e vê sua personagem como 'uma excelente mãe, firme e doce ao mesmo tempo', e foram essas características que a fizeram se interessar pelo papel. Em entrevista exclusiva, a atriz conversou sobre os bastidores da série, o etarismo da indústria, seus próximos passos na carreira e muito mais. Confira!
Susana, seu próximo projeto é a série Senna na Netflix. Como estão as suas expectativas?
"Espero que o público goste e que fique à altura da história do Ayrton. Dar vida à Zaza foi emocionante. Atrás daquele ídolo mundial havia uma família, que era uma verdadeira rede de apoio e proteção. Através de entrevistas que ela concedeu, percebi quão forte era a relação daquela mãe com o filho. Espero que esse amor e cumplicidade deles esteja refletida na série."
Como foram os bastidores da série, tem alguma história preferida?
"O elenco era um luxo! (risos). Fomos muito felizes. Já tinha sido esposa do Marco Ricca em um filme e nós adoramos. Conheci a Camila Márdila, que fez minha filha e nos tornamos grandes amigas. Gabriel Leone eu já conhecia e amava. Só alegria. Também foi muito especial trabalhar com atores do mundo todo. Em Balcarce, onde filmamos algumas corridas, choveu a semana inteira e ficamos isolados em uma pousada, bebendo vinho, comendo, jogando dados e nos divertindo. Eu e Gabriel, os únicos brasileiros, ensinando os ingleses a dançar forró. Foi bem divertido."
Um assunto que está ganhando destaque nos últimos anos é a discriminação com atrizes idosas. Você sente que a indústria está evoluindo nesse sentido?
"A indústria não tem outra saída senão evoluir. A pirâmide vai se inverter em breve, e o Brasil será um país de adultos maduros. A maior audiência, hoje, do serviço de streaming são as mulheres de 50+. É um público carente de conteúdo. Precisamos de mais protagonistas mulheres nessa idade, com certeza. Pessoalmente, me sinto uma mulher na maturidade profissional, com o coração amador de uma criança. Nos palcos e no set, não tenho idade."
De todos os papéis que já interpretou, algum é o seu preferido? Por quê?
"As personagens que interpretei (eram sete) na peça Melodrama, da minha Cia, me renderam muitas alegrias, indicações para prêmios e uma matéria linda no NYTimes. Na Globo, a Edivânia, na novela Duas Caras (2007), tinha humor e drama bem misturados. Um presente do Aguinaldo Silva pra mim."
Você tem mais de 35 anos de uma carreira muito sólida. Tem algum sonho que ainda não realizou?
"Colocar em cartaz, nos palcos e nos cinemas, as séries e peças que escrevi e que estou desenvolvendo. Sempre amei escrever, e o caminho para o roteiro e dramaturgia foi bem natural. Sou uma atriz e diretora que escreve."
Por fim, com o lançamento de Senna, quais serão seus próximos passos? Alguma novidade para compartilhar com a gente?
"Escrevi minha primeira peça de teatro, se chama Sonhei com você. É uma comédia antirromântica. Vou atuar, dirigir e dividir a cena com o ator Nicolas Vargas, que fez o Chico Serra no Senna. Vamos estrear dia 30 de novembro em SP e meu desejo é viajar pelo Brasil e mundo afora com essa peça."