Susana Vieira relembra relacionamento tóxico em live
Atriz fez alerta para as mulheres e falou sobre o casamento com o policial Marcelo Silva
Esta semana, a atriz Susana Vieira, 79, conversou com o psiquiatra Ervin Cotrik, da UFRJ, sobre relacionamentos tóxicos e abusivo, em live sobre Saúde Mental.
O programa, que está sendo mensalmente transmitido pela página @psiquiatriaemcurso, com o objetivo de lutar contra o preconceito e a desinformação na psiquiatria. Além de prestar serviço, ajudando a identificar sinais em comportamentos que podem indicar transtornos mentais.
Em uma das lives que mais teve alcance, Suzana Vieira não poupou palavras e falou de sua experiência, durante o casamento conturbado com o policial Marcelo Silva, morto em 2008 por overdose. Ela fez um alerta às mulheres que podem estar vivendo as mesmas situações: “Quando menos esperamos, caímos na cilada do relacionamento tóxico".
Segundo Suzana, são armadilhas difícieis, mas não impossíveis de serem dribladas. “Precisamos falar sobre isso até ter consciência do quanto somos especiais e não devemos aceitar qualquer coisa”, afirmou a atriz.
Ervin abordou quadros de transtornos de personalidades anti-sociais e as formas de identificá-los. Segundo levantamento do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cerca de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual no Brasil em 2020, durante a pandemia.
E houve um aumento nos casos em que o crime é cometido dentro de casa. As agressões em ambiente doméstico representavam, em 2019, 42% e, em 2020, 48,8%, enquanto a violência sofrida nas ruas foi de 29% para 19%.
Cresceram também os casos em que os agressores são companheiros, namorados e ex-parceiros. Com mulheres acima de 50 anos, há maior aparição de filhos e enteados em casos de violência.
Levando ao ar personalidades populares, como Suzana Vieira, que vivenciaram situações comuns, Cotrik tem conseguido alcançar cada vez mais pessoas. Segundo ele, autores de feminicídios são, geralmente, homens dominadores que, em muitos casos, apresentam transtornos psiquiátricos.