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Terapia de exposição: abordagem eficaz contra fobias e ansiedade

A abordagem é eficaz no tratamento de fobias e ansiedades, desde que seja feita com cautela e respeite os limites do paciente A terapia de exposição, uma das técnicas mais eficazes da terapia cognitivo-comportamental, vem sendo amplamente utilizada no tratamento de transtornos de ansiedade e fobias. O objetivo dessa abordagem é expor o paciente de […]

2 out 2024 - 15h25
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A abordagem é eficaz no tratamento de fobias e ansiedades, desde que seja feita com cautela e respeite os limites do paciente

A terapia de exposição, uma das técnicas mais eficazes da terapia cognitivo-comportamental, vem sendo amplamente utilizada no tratamento de transtornos de ansiedade e fobias. O objetivo dessa abordagem é expor o paciente de maneira gradual e controlada a situações ou objetos que desencadeiam seu medo. Para, assim, reduzir o sofrimento. 

Ilustrações: DrawLab19/ShutterStock Images
Ilustrações: DrawLab19/ShutterStock Images
Foto: Revista Malu

Para que a terapia de exposição é indicada

"A terapia de exposição nada mais é do que uma das abordagens que a gente pode trabalhar na própria terapia cognitivo-comportamental, porque é uma forma de você expor o paciente naquilo que deixa ele com ansiedade", explica a psicóloga Patrícia Peixoto. O método é amplamente recomendado para casos de fobias específicas e transtornos de ansiedade. sendo um importante aliado para lidar com o sofrimento gerado por situações temidas.

O diferencial dessa técnica em relação a outras abordagens está na maneira como o paciente é guiado para enfrentar seus medos. Esse processo é realizado de forma gradual, e é necessário que ele se sinta mais confortável a cada etapa. "Colocamos o paciente nessa terapia como uma forma dele encarar aquilo que está acontecendo", pontua Patrícia. Por exemplo, no caso de uma pessoa que tem medo de andar de avião, o processo começa com a compreensão do medo e a familiarização com o objeto de ansiedade. "Entendemos se o paciente já andou ou não de avião, se é algo que ele tem aversão, mesmo sem ter conhecido, e começamos a apresentar o avião antes mesmo dele entrar."

Precisa ser aos poucos

O processo envolve etapas que vão desde a visualização de fotos e vídeos até visitas ao aeroporto, tudo cuidadosamente planejado para garantir que o paciente se sinta seguro. Em alguns casos, a exposição pode incluir entrar em um avião, mesmo que ele não decole, permitindo que o paciente sinta o ambiente sem enfrentar o voo de imediato. A ideia é que, aos poucos, ele vá se familiarizando com o objeto de seu medo e vá reduzindo a ansiedade, de forma controlada.

O resultado da terapia de exposição depende de alguns fatores

O sucesso da terapia de exposição está relacionado à forma como o cérebro reage ao processo gradual de enfrentamento do medo. "O paciente vai se sentindo confortável aos poucos, porque ele vai entendendo como aquilo funciona. O risco continua existindo, porém ele sabe como se sente estando ali", destaca a psicóloga. À medida que o paciente é exposto à situação temida em um ambiente controlado, ele começa a perceber que a catástrofe que imagina não ocorre, o que contribui para a reestruturação de pensamentos disfuncionais e o alívio da ansiedade.

A eficácia da terapia de exposição pode variar conforme a gravidade da fobia e o progresso do paciente. "Tudo vai depender da evolução do paciente durante os processos elaborados pela terapia", afirma Patrícia. Existem casos em que a abordagem é 100% eficaz, levando o paciente a superar completamente o medo. Em outros, pode haver uma redução significativa da ansiedade, mas ainda assim persiste algum desconforto. Nos casos mais graves, pode ser necessário prolongar o tratamento ou associá-lo a medicamentos que auxiliem no controle da ansiedade.

No tempo do paciente

Um aspecto interessante da terapia de exposição é que não há um número exato de sessões necessárias. "Não tem uma quantidade de sessões tabulada, mas é importante que seja no tempo do paciente, que ele se sinta confortável em cada etapa", explica a psicóloga. A velocidade do tratamento é sempre ajustada de acordo com o conforto da pessoa, com cada etapa sendo finalizada quando ela se sentir pronta para avançar. Desde a visualização de imagens até a experiência real, o indivíduo precisa estar preparado para cada fase antes de seguir adiante.

A terapia de exposição precisa ser feita junto de outras abordagens

A terapia de exposição não é - e nem deve ser - uma técnica isolada. Ela pode ser integrada a outras abordagens dentro da própria terapia cognitivo-comportamental. "A terapia de exposição é um complemento, como se fosse uma forma da gente trabalhar determinada coisa, mas está dentro da terapia cognitivo-comportamental, não é uma coisa totalmente separada", ressalta Patrícia. Isso significa que, enquanto o paciente trabalha para enfrentar seu medo de forma gradual, ele também pode estar sendo acompanhado em outros aspectos de sua ansiedade ou fobia, utilizando outras técnicas terapêuticas.

No dia a dia

O conceito da terapia de exposição também pode ser aplicado fora do consultório, desde que seja feito de maneira cautelosa. Patrícia sugere que o paciente pode começar a enfrentar seu medo em momentos do dia em que se sentir confortável para isso. "Pode ser feito, por exemplo, com alguns minutos do dia destinados a ver fotos e vídeos, mas sempre se precavendo de um possível gatilho." Ela reforça a importância de não forçar o processo. Isso porque a ansiedade deve ser trabalhada de maneira gradual para que o paciente consiga avançar sem retroceder.

Os riscos da terapia de exposição podem ser minimizados

Como em qualquer abordagem terapêutica, a terapia de exposição envolve alguns riscos, principalmente relacionados ao ritmo do tratamento. "O mais importante é realmente seguir a etapa do paciente, deixar com que ele se sinta confortável", explica Patrícia. Quando se trata de fobias extremas, como o medo de voar, há sempre uma pequena possibilidade de algo dar errado, o que pode gerar pânico. "É uma probabilidade baixa, mas não tem como garantir que nada vai acontecer. O risco seria dele ter um pânico dentro do avião, por isso é importante que seja feito aos poucos, minuciosamente."

Através da construção de confiança e da exposição cuidadosa, a técnica permite que o paciente desenvolva uma nova relação com o objeto ou situação temida. O que leva à superação ou ao controle da ansiedade. Como reforça Patrícia Peixoto, mais uma vez, "o processo é gradual e adaptado ao paciente, respeitando seu tempo e limites, para que ele possa avançar de maneira segura e eficaz."

Revista Malu Revista Malu
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