Transplante capilar: os maiores MITOS sobre a cirurgia plástica
A calvície é uma condição comum que afeta muitas pessoas. O transplante capilar pode ser solução eficaz para restaurar a autoestima e melhorar a aparência
Uma das cirurgias plásticas mais realizadas, especialmente pelos homens, o transplante capilar é um procedimento cirúrgico que envolve a transferência de cabelo de uma área doadora saudável para a área calva. Essa técnica é utilizada principalmente para tratar a calvície, ou alopecia androgenética, uma condição que afeta cerca de 50% dos homens e 30% das mulheres ao longo da vida.
As duas técnicas mais comuns são a FUE (Extração de Unidades Foliculares) e a FUT (Transplante de Unidade Folicular). A FUT é uma técnica em que uma faixa de couro cabeludo é removida da área doadora, os folículos são individualizados no microscópio e na sequência transplantados para a área de calvície. As informações são da Dra. Cintia Carvalho, cirurgiã plástica e especialista em transplante capilar.
A FUT era a técnica mais realizada no Brasil até cerca de 5 anos atrás, tendo sido cada vez mais substituída pela técnica FUE, por ser menos invasiva, de recuperação mais rápida e por não deixar cicatriz linear no couro cabeludo.
A técnica FUE é uma técnica minimamente invasiva em que os folículos são extraídos um a um usando uma pequena ferramenta pontiaguda, chamada de punch, que faz pequenas incisões ao redor de cada folículo. Essa técnica não deixa uma cicatriz linear, e, portanto, não causa restrições no uso de cortes de cabelo mais curtos.
Outra grande vantagem da FUE é a de possibilitar o uso de outras áreas doadoras além do cabelo, como barba e pelos corporais.
Nesta matéria, Dra. Cintia Carvalho lista alguns dos maiores mitos relacionados ao transplante capilar.
Mitos sobre o transplante capilar
O primeiro mito é que pode haver rejeição. Como se trata de uma transferência de tecidos do próprio paciente, não há risco de rejeição no transplante capilar. O que pode ocorrer, por se tratar de um enxerto, são diferentes taxas de "pega" do cabelo, a depender da experiência da equipe, cuidados do paciente no pós-operatório, condições de saúde e de vascularização do couro cabeludo.
O segundo mito é de que o resultado fica igual cabelo de boneca! Esse medo de um resultado artificial é um dos principais motivos que afasta algumas pessoas da procura pela cirurgia. Com a técnica FUE e com uma equipe experiente, esse risco não existe. O transplante capilar produz resultados naturais, pois os folículos são transplantados um a um, imitando o ângulo, direção e distribuição natural do cabelo.
O terceiro mito é de que o transplante capilar tem prazo de validade! Alguns pacientes acham que a cirurgia "dura" apenas alguns anos, quando, na verdade, a maioria dos fios transplantados não tem mais tendência de queda pela calvície, ou seja, os resultados são duradouros.
O quarto mito é que o transplante capilar é uma cirurgia arriscada. Ele é um procedimento cirúrgico seguro quando realizado por um cirurgião experiente e qualificado. Complicações são raras e a maioria dos pacientes se recupera completamente em poucos dias.
O quinto mito é que o transplante capilar não pode ser realizado em pacientes mais velhos e com cabelos brancos. Na verdade, não há contraindicação nenhuma pela idade ou cor dos cabelos do paciente. É apenas necessário que o paciente tenha boas condições de saúde e realize todos os exames pré-operatórios para garantir a segurança do procedimento.
Para concluir, o transplante capilar é uma opção segura e eficaz para tratar a calvície. Porém, antes de realizar qualquer procedimento cirúrgico, é essencial buscar um cirurgião plástico ou dermatologista certificado e experiente, que possa realizar uma avaliação completa e fornecer informações precisas sobre o procedimento, os riscos e os resultados esperados.
Cintia Carvalho (CRM: 144353/ RQE:92557) é cirurgiã plástica formada pela Universidade de São Paulo, especialista em transplante capilar e atuante na área há mais de uma década, tendo realizado mais de 1000 cirurgias de transplante capilar. @dra.cintiacarvalho
