Treinar menstruada? Saiba os efeitos do exercício no ciclo menstrual
Manter uma rotina de treinos pode reduzir as cólicas, o inchaço e outros sintomas provocados pelo ciclo menstrual
Ir à academia durante o ciclo menstrual nem sempre é fácil, né? Por isso, quem menstrua muitas vezes pode preferir ficar em casa até que aquele conjunto de sintomas chatinhos, como cólica, inchaço e indisposição, desapareçam. Mas é justamente nesse período que devemos investir na atividade física, sabia? Principalmente porque ajuda a diminuir a intensidade das cólicas!
"Os exercícios elevam a temperatura corporal e estimulam a vasodilatação, o que melhora a irrigação sanguínea e alivia a sensação das cólicas e inchaço. Malhar também aumenta a produção da serotonina e pode ajudar na estabilidade emocional", revela o médico ginecologista e obstetra Gabriel Monteiro.
No entanto, o especialista lembra que em caso de desconforto, o ideal é diminuir a intensidade dos exercícios. Agora, se estiver tudo bem, pode manter o treino habitual, mas nunca mudá-lo, como afirma o personal trainer Gustavo José de Sá Pereira.
"É recomendado manter aquele exercício que já estava fazendo, por exemplo, se ia todos os dias na musculação e decide correr, a pessoa vai sentir muito mais no corpo dela do que se continuasse com a musculação. E recomendo que faça com mais pausas e vá intensificando até chegar no nível que está acostumada".
Alimentos que auxiliam no ciclo menstrual
Durante o ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona variam. Só que os efeitos dessa oscilação podem ser amenizados com a adoção de hábitos saudáveis. E é aí que a prática regular de exercícios físicos entra em cena mais uma vez. Porém, alguns alimentos também podem ajudar a reduzir os sintomas menstruais.
"Alimentos com propriedades anti-inflamatórias como oleaginosas, semente de abóbora, linhaça, azeite, além de alimentos ricos em cálcio, nutriente que ajuda a aliviar as cólicas, como queijo branco, leite desnatado e folhas escuras. É importante também evitar o consumo excessivo de álcool, açúcar e cafeína", finaliza Monteiro.
Fontes: Saúde em Dia; Dr. Gabriel Monteiro, médico ginecologista e obstetra, e professor do curso de medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA); Gustavo José de Sá Pereira, personal trainer.