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Alexandre Herchcovitch ganha exposição no Museu Judaico

Os 30 anos de carreira do estilista paulistano são retratados em mais de 40 looks ousados

26 abr 2024 - 10h00
(atualizado às 11h39)
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Em 1993, a drag queen Márcia Pantera deixou uma plateia de queixo caído depois de desfilar vestida com um longo vestido branco, chifres na cabeça, um terço nas mãos e deixando um rastro de sangue no caminho. Era o desfile de formatura de Alexandre Herchcovitch, que criou todo o look e acaba de ganhar uma exposição no Museu Judaico, em São Paulo,  para celebrar sua carreira. 

Foto: Agência Fotosite/ / Viagem e Turismo

Em cartaz até 8 de setembro, Alexandre Herchcovitch: 30 anos além da moda exibe r oupas, bolsas, chapéus e sapatos da grife que leva o nome do paulistano, uma referência da moda brasileira e internacional. O estilista é filho de imigrantes judeus e aprendeu a costurar com sua mãe, dona de uma confecção de lingeries na década de 1980.

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Foto: Agência Fotosite/Flickr / Viagem e Turismo

O vestido que Herchcovitch fez para a mãe aos 14 anos faz parte da exposição, que conta com mais de 40 looks, dentre eles o macacão de poliamida criado para o DJ Johnny Luxo em 1993 - Alexandre despontou na noite de São Paulo como DJ de festas eletrônicas nos anos 1990.

Outro item icônico da trajetória do estilista é o primeiro esboço da caveira, identidade visual de sua marca, feita em 1986 antes mesmo de Alexandre iniciar o curso de moda na Faculdade Santa Marcelina.

Desfile de Alexandre Herchcovitch Masculino durante o São Paulo Fashion Week - Inverno 2010
Desfile de Alexandre Herchcovitch Masculino durante o São Paulo Fashion Week - Inverno 2010
Foto: Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite/Flickr / Viagem e Turismo

O olhar queer que guia a produção de Alexandre Herchcovitch questiona padrões de gênero e orienta a criação de roupas ousadas com inspiração no universo sadomasoquista e dos fetiches sexuais.

Ao mesmo tempo, o estilista exprime sua identidade judaica, mas sempre em diálogo com outras perspectivas e identidades. Por isso, na mostra, a estética de mulheres judias e as roupas de judeus ortodoxos se misturam a macacões sadomasoquistas, sapatos de salto alto, roupas de látex, vestidos de seda, lingeries e biquínis.

A coleção de inverno de 2012 da grife foi inspirada nas vestes religiosas de judeus e cinco looks ganharam uma reedição para serem expostos na sinagoga do museu.

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Foto: Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite/Flickr / Viagem e Turismo

Além das roupas que pendem de cabides do teto, fotografias de família, desfiles e bastidores estão expostas como pano de fundo para 30 pequenos monitores com vídeos de desfiles das coleções.

Serviço

Quando? Até 8 de setembro, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.

Quanto? R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia) e grátis aos sábados. Ingressos no site .

Onde? Museu Judaico de São Paulo - Rua Martinho Prado, 128 - São Paulo, SP

Viagem e Turismo
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