Avenida Paulista é um dos endereços mais fatais de São Paulo
As zonas norte e leste também têm endereços perigosos para pedestres [...]
Desde meados de agosto, o pedestre é o foco da nova campanha do Governo de São Paulo, por meio do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo).
Além da campanha que vem circulando na TV, as dinâmicas visam, em mais de 70 novas ações em avenidas paulistas, conscientizar passageiros, transeuntes e motoristas para a importância da preservação da vida no trânsito.
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Ou vai dizer, por exemplo, que você nunca tomou uma buzinada ao fazer valer seu direito de preferência ao cruzar a faixa de pedestres, em uma conversão sem farol?
Só na capital, no último dia 22 de agosto, teve atividades de conscientização em três estações de transporte público com grande circulação de pessoas: Tatuapé do Metrô, Brás da CPTM e o Terminal Metropolitano Luiz Bortolosso, da EMTU, em Osasco.
Além da distribuição de materiais da campanha, teve também a realização de um jogo em formato de quiz, em que o participante foi desafiado a acertar respostas a perguntas sobre a boa conduta nas ruas.
Endereços mais fatais de São Paulo
A campanha de redução do número de atropelamentos e incentivo ao conhecimento das práticas de segurança contou também com ações nas três vias que mais representam riscos para quem anda a pé, segundo dados do portal Infosiga.
Desde junho de 2021, de acordo com essa plataforma de estatísticas de sinistros do Detran-SP, os pontos mais críticos para o pedestre paulistano somam 39 atropelamentos e seis vítimas fatais.
O mais violento deles é a avenida Cruzeiro do Sul, na altura do número 3.173, que registrou, nos últimos 36 meses, 19 atropelamentos, com seis mortes. O segundo endereço mais perigoso fica na zona leste, no encontro da Praça Silva Teles com a Avenida Marechal Tito, onde aconteceram onze sinistros.
No mesmo período, o cruzamento das avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio, na Bela Vista, testemunhou nove atropelamentos de pedestres.
Vale lembrar que, segundo o artigo 70 do Código de Trânsito Brasileiros, "os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica".
Por outro lado, em locais com semáforo será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, "mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos".
Entendeu? Ou precisa desenhar?
Estatísticas desanimadoras
Entre janeiro e julho de 2024, o Infosiga registrou 3.554 óbitos por acidente de trânsito no Estado de SP, um aumento de 23,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Desse total, 1.487 foram mortes de motociclistas, 829 de pedestres e 257 de ciclistas. Os 772 restantes se referem a óbitos de ocupantes de automóveis.
De acordo com o Detran-SP, é considerada infração grave (multa de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH) quando o motorista avança enquanto o pedestre atravessa a via transversal ou fora da faixa a ele destinada.
Já ameaçar um pedestre (artigo 170) é infração gravíssima e leva à suspensão da CNH.
É também considerada infração gravíssima (multa de R$ 293,47 e 7 pontos na CNH) desrespeitar o pedestre que integra um grupo prioritário (crianças, idosos, portadores de deficiência física e gestantes), estando esse pedestre sobre a faixa ou em meio à travessia, mesmo que o semáforo abra.
Atualmente, a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes é de 13,93, e o governo pretende chegar a 5,68 óbitos por 100 mil habitantes, em 2030.
* com informações do Detran.SP , Infosiga e CTB Digital (Código de Trânsito Brasileiro)
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