Aventura no Rio Negro valoriza flora e faunas brasileiras
Antes de se unir ao rio Solimões formando o Amazonas, o rio Negro possui uma identidade própria. Com 1700 quilômetros de extensão e 25 quilômetros de largura, suas águas escuras comportam algumas das mais admiráveis paisagens da Floresta Amazônica e são um convite a turistas que desejam captar a beleza da flora e fauna local.
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Nas margens mais afastadas de Manaus, fica o Parque Nacional do Jaú. Trata-se da única Unidade de Conservação do Brasil e, portanto, sua natureza segue praticamente intacta. O acesso é precário, mas, por outro lado, ajuda a manter o lugar intocado. Partindo de barco, é possível desfrutar a vista de uma bela vegetação, tanto na mata ribeirinha de igarapés e de vitórias-régias quanto terra adentro. Se der sorte, ainda poderá topar com animais ameaçados de extinção como jacarés-açus e onças.
A visitação ao parque deve ser feita com a autorização do IBAMA. É necessário pelo menos um mês de antecedência para agendar pelo telefone (92) 613.3277, no ramal 229. A diária é de R$ 3 por pessoa e cobra-se uma taxa entre R$16 a R$ 64 pelo barco. O parque fica aberto entre 7h e 18h.
Verdadeiros arquipélagos também compõem o contorno do rio Negro. Durante o período de seca (maio a outubro), a Anavilhanas, maior conjunto de ilhas fluviais do mundo, fica toda cortada por praias desertas, trilhas e canais que interligam as cerca de 400 ilhas. É parada obrigatória. Já na temporada de águas altas, muitas ilhotas ficam submersas e a pedida é navegar pelas florestas de igapós.
Mas se preferência for uma praia mais tradicional, a dica é a Ponta Negra. Localizada a 13 quilômetros da capital, a praia é o maior pólo turístico do rio Negro. Suas areias, que chegam a dois quilômetros de extensão, são banhadas por águas mornas e calmas. Além disso, uma das melhores infra-estruturas está lá: há restaurantes, bares e até um anfiteatro com capacidade para 15 mil pessoas. Antes de se dissolver no rio Amazonas, o Negro proporciona um verdadeiro espetáculo natural: o "Encontro das Águas". Por mais de seis quilômetros, uma linha neta separa as águas escuras do Rio Negro das turvas do Rio Solimões. O fenômeno, resultado das diferentes densidades e temperaturas dos dois rios, pode ser visitado em embarcações que partem de Manaus.
Pieter Zalis/Agência Andrés Bruzzone Comunicação