Monte Roraima guarda encantos que inspiraram literatura
Em Um mundo perdido, Arthur Conan Doyle (inventor do personagem Sherlock Holmes) criou um cientista que descobriu dinossauros bem no meio da Amazônia. A ambientação da história foi baseada no monte Roraima, no Estado homônimo, que até hoje desperta em seus visitantes o mesmo fascínio do escritor.
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O monte - o maior tepui (montanhas semelhantes a grandes mesas) da região, com 2.875 metros de altitude - fica localizado no Parque Nacional do Monte Roraima, divisa do Brasil com a Venezuela e a Guiana. Seu topo plano possui cerca de 84 quilômetros quadrados.
Para conhecer o monte é necessário muita disposição física: é preciso fazer uma trilha, de duração média de três dias, a depender dos passos do aventureiro. Não há infraestrutura, ou seja, os banhos são de água do rio e dorme-se ao relento, em redes ou barracas de camping.
A caminhada, entretanto, vale a pena - ela é feita em meio a rios, lagoas naturais e cachoeiras pouco explorados. No caminho ainda é possível conhecer o labirinto norte, uma sequência de rochas similar a ruínas de uma cidade abandonada, e o Lago Gladys, com tamanho aproximado ao de um campo de futebol.
Viajar ao monte Roraima exige uma passagem por Boa Vista, distante 320 quilômetros. A cidade é a única capital do país localizada totalmente no hemisfério norte.
A cidade tem o formato de um leque e todas as ruas convergem para a praça do Centro Cívico, onde ficam os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. A melhor época para ir à Boa Vista é entre outubro e março, no período de estiagem. Com a diminuição do nível das águas do rio Branco, formam-se belas praias de água doce, algumas com até 15 quilômetros, como a Praia Grande.
Na cidade, há ainda belezas arquitetônicas que merecem ser contempladas, como o Parque Anauá e as edificações do centro histórico, a maior parte construída no início do século 20.