Bonde de Santa Teresa é passeio imperdível e barato no Rio
Turista que vai para o Rio de Janeiro faz logo um check-list: praia em Ipanema, subida ao Cristo Redentor, passeio no Pão de Açúcar e jogo no Maracanã. Muitos desses visitantes, porém, olham para os Arcos da Lapa enquanto bebem uma cerveja e não sabem que ali por cima passa um bonde.
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Há mais de cem anos, o bondinho de Santa Teresa executa seu percurso pelo tradicional bairro boêmio do Rio de Janeiro. Ele serve de meio de transporte diário para os moradores da região, além de encantar quem faz o trajeto pela primeira vez.
Enquanto uma passagem no trenzinho que leva ao Cristo Redentor está custando R$ 36, o bilhete do bonde mais famoso do Brasil sai por apenas R$ 0,60. Há quem nem pague: como em cenas de filmes de época, é comum durante o passeio ver os meninos do bairro correndo atrás do carro em movimento, saltando e pegando uma carona - pelo lado de fora.
O percurso para quem sai do centro da cidade começa nas proximidades do Largo da Carioca. Na rua Lélio Gama, do lado do prédio da Petrobras, está a pequena - e escondida - estação dos bondes. Cultive sua paciência de turista, porque as filas são grandes. O intervalo entre os bondes varia entre 20 e 30 minutos, dependendo do número de carros disponível no dia, e os bondes andam lotados.
Se quiser uma dose a mais de emoção para novatos, dê seu lugar para aquela moradora cansada e vá de pé, perto da porta. O bonde parte. O corpo ainda não se acostumou com os trancos, você não sabe onde colocar as mãos e tem a certeza de que vai cair na próxima curva. É nessa hora que o veículo alcança o ponto mais interessante do percurso. Estando sobre eles, os passageiros não enxergam os Arcos da Lapa - muitos menos os turistas, distraídos pela vista maravilhosa lá de cima. Olhando para frente, a sensação é de estar voando.
O pouso já acontece numa das ruazinhas de Santa Teresa. O bonde ginga pelas curvas, sobre os trilhos desenhados no calçamento de pedra, brigando por espaço com os carros. Sobe pelo bairro de casarões históricos, onde restaurantes descolados dividem calçada com gente simples.
Esqueça a praia e tire uma tarde por ali: almoce, caminhe pelas ruas arborizadas, visite centros culturais e observe os cartões-postais do Rio pelos mirantes. Você só vai querer retornar a seu hotel na Zona Sul porque a volta também é de bonde.